Sexta-feira, Outubro 10, 2025
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Aborto é fonte de discórdia com autoridades de Madri

Madri, 9 de out (Prensa Latina) O aborto se tornou um ponto de discórdia na Espanha depois que a Comunidade de Madri se recusou a fornecer uma lista de objetores de consciência entre seus profissionais de saúde.

Esta questão foi solicitada há dias pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez a várias Comunidades Autônomas dominadas pelo Partido Popular (PP), de oposição. Embora tenha recebido críticas em outras direções, nenhuma se recusou a fazê-lo, exceto Madri.

Sánchez alertou que levará a questão a todos os órgãos legais e, se necessário, até mesmo ao Tribunal Constitucional, caso a líder da região da capital, Isabel Díaz Ayuso, não garanta os direitos e a dignidade das mulheres.

Na sessão de controle da Assembleia de Madri, Ayuso reiterou sua recusa em criar uma “lista negra” de médicos objetores e pediu às mulheres que “procurassem outro lugar para abortar”.

“Esta era a liberdade que Ayuso prometeu. Um retorno às viagens clandestinas a Londres. Ao classismo e às acusações. Um retorno a 50 anos de história. Não permitiremos isso”, declarou o Primeiro-Ministro na plataforma de mídia social X.

A esse respeito, a Ministra da Saúde, Mónica García, afirmou que não tolerará nenhuma violação da lei “nem nenhum retrocesso” em relação aos direitos das mulheres.

“O que constantemente colide é a Sra. Ayuso com os direitos das mulheres. É isso que colide. Não sei exatamente o que nós, mulheres, fizemos com a Sra. Ayuso, o que os direitos das mulheres, conquistados há anos e pelos quais lutamos há tantos anos, fizeram com ela”, acrescentou a Dra. García, médica de profissão.

“Não sei que guerra ela declarou às mulheres da Comunidade de Madri”, acrescentou.

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