Terça-feira, Agosto 19, 2025
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Bolsonaro liberado da prisão para exames médicos em Brasíl

Brasília, 16 ago (Prensa Latina) O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixou temporariamente a prisão domiciliar hoje para se submeter a avaliações médicas em um hospital particular em Brasília.

Autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro deve permanecer internado por até oito horas, e seus advogados têm até segunda-feira para entregar ao juiz Alexandre de Moraes o documento que comprova seu comparecimento à clínica, incluindo a data e o horário de seus atendimentos.

A autorização concedida a Bolsonaro para comparecer ao Hospital Estrela do DF atende a um pedido de seus advogados de defesa protocolado na terça-feira no STF.

“O pedido decorre do seu tratamento medicamentoso em andamento, da necessidade de reavaliar seus sintomas de refluxo e soluço refratário, bem como de verificar seu estado de saúde atual”, explicaram os advogados.

O político de extrema direita, de 70 anos, passou pela sexta cirurgia em abril, relacionada ao ferimento a faca que recebeu em 2018, durante sua campanha presidencial.

Moraes está atendendo a pedidos de juristas e pessoas interessadas em visitar o ex-presidente durante seu confinamento domiciliar.

Todos os pedidos de visita também passam por sua defesa, o que confirma o interesse de Bolsonaro em recebê-los.

De acordo com a agenda do STF, o ex-capitão do Exército se reunirá nos próximos dias com o senador Rogério Marinho, o deputado Altineu Côrtes, o vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo, e o deputado Tomé Abduch.

Na quinta-feira, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco, visitou Bolsonaro, mas o encontro gerou uma discussão acalorada entre o parlamentar e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre a proposta de realizar um evento social com o ex-presidente.

O ex-chefe de Estado deve deixar a prisão domiciliar no próximo mês para comparecer ao seu julgamento por tentativa de golpe.

Ontem, o presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, ministro Cristiano Zanin, agendou o início do julgamento de Bolsonaro e dos outros sete réus para 2 de setembro. O ex-paraquedista permanece em prisão domiciliar por descumprimento de medida judicial, no âmbito de uma investigação que o vincula a uma tentativa de anular os resultados das eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro enfrenta acusações que podem lhe render mais de 40 anos de prisão, acusado de liderar uma conspiração para permanecer no poder após sua derrota nas urnas.

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