Terça-feira, Agosto 19, 2025
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Acadêmicos do Chile e da América Latina em solidariedade à Palestina

Santiago, Chile, 16 ago (Prensa Latina) Um total de 776 acadêmicos de 57 universidades do Chile e de outros países latino-americanos entregaram uma carta de apoio ao povo palestino na semana que terminou hoje, em resposta ao genocídio cometido por Israel.

A carta foi recebida pela embaixadora palestina aqui, Vera Baboun, em uma cerimônia realizada no Salão Domeyko da Universidade do Chile, presidida pela Reitora Rosa Devés.

O massacre e o genocídio que este povo vive hoje são feridas abertas na consciência da humanidade. Não se trata de um conflito distante ou alheio; é uma crise que desafia os princípios mais essenciais de respeito à vida, à dignidade e à liberdade, disse Devés.

Enquanto isso, Vera Baboun considerou que esta declaração é muito mais do que uma declaração; é um ato de resistência intelectual, uma recusa deliberada de ser cúmplice da maquinaria da atrocidade.

Segundo informações publicadas no site oficial da Universidade, a carta foi assinada por acadêmicos do Chile, Argentina, Brasil, Equador, México, Peru, Uruguai e Colômbia, entre outros.

A iniciativa foi organizada pelos professores Patricio Aceituno, María Eugenia Góngora, Claudio Gutiérrez e Mercedes López.

Em julho de 2025, pelo menos 113 pessoas morreram em Gaza por desnutrição, e mais de 650.000 crianças correm risco por essa causa.

Desde o início do conflito mais recente, em outubro de 2023, Israel matou 61.700 habitantes de Gaza, metade deles mulheres e crianças.

Agravando a situação devastadora, está o assassinato de 240 jornalistas, incluindo a equipe da Al Jazeera, no último domingo, segundo o comunicado da Universidade do Chile.

Esta semana, a Associação Chilena de Jornalistas condenou veementemente o crime, que, segundo ela, constitui uma violação gravíssima do direito internacional humanitário e da Resolução 2222 da ONU sobre a proteção de repórteres em conflitos armados.

O governo chileno também condenou o assassinato e reiterou seu apelo urgente para que Israel ponha fim às gravíssimas violações do direito humanitário e do direito internacional em Gaza, e garanta a proteção da população civil e daqueles que trabalham para cobrir o assunto.

mem/car/bj

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