A demissão afeta aproximadamente 400 trabalhadores em duas filiais da empresa, Lithium e Yodo Nutrición Vegetal, e é a segunda do tipo neste ano, tendo demitido 300 pessoas em março passado.
Isso significa que a SQM reduziu sua força de trabalho em 8% até o momento, tanto na área de produção quanto na administrativa.
Por trás dessa situação está a forte queda no preço do chamado ouro branco devido ao excesso de oferta, combinado com uma contração na demanda.
Segundo a edição de quarta-feira da revista Supervisores Minera Candelaria, em janeiro de 2023, a tonelada de lítio era cotada a mais de US$ 60 mil.
No entanto, com leves pausas, iniciou uma forte queda, chegando a US$ 9 mil 700 em março de 2025.
Outro fator é o aumento das taxas de juros dos empréstimos internacionais, que encareceu os investimentos no setor.
Segundo a revista, as projeções para o restante do ano sugerem que a demanda mais moderada e o excesso de oferta continuarão.
Os indicadores globais da Standard & Poor’s apontam para um excedente de 100.000 toneladas de carbonato de lítio equivalente, o que dificulta a recuperação dos preços.
Helmo Leiva, diretor do Sindicato Salar SQM, observou que a queda no preço do metal macio está impactando a produção.
No entanto, ele disse ao La Tercera que as reduções de custos podem ser alcançadas em outras áreas, como a publicidade, e não com os trabalhadores, que são sempre os que acabam pagando as consequências.
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