Em um comunicado emitido na segunda-feira, a IU lamentou o recente endosso do Ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, à “proposta ilegítima para o Saara Ocidental” defendida pelo Marrocos.
A este respeito, explicou que “o regime marroquino é um ocupante ilegal do território há décadas”, que deveria estar nas mãos do povo saarauí.
Eva García Sempere, porta-voz e chefe federal da organização da IU, enfatizou que a rejeição da IU ao plano de autonomia marroquino para o Saara Ocidental é “clara e inequívoca”.
Ele argumentou isso por três razões principais: “porque é um plano unilateral do Marrocos, que não levou em consideração a Frente Polisário e, portanto, o povo saarauí; ignora o direito à autodeterminação e, portanto, os mandatos da ONU e o direito do povo saarauí de decidir livremente seu futuro por meio de um referendo”.
Além disso, “porque Marrocos não tem legitimidade legal, política ou mesmo moral para prosseguir com o seu plano expansionista baseado na violação sistemática dos direitos humanos e na pilhagem dos recursos do povo saarauí, que, em última análise, é o que ele procura”.
A Izquierda Unida exorta a ala socialista do governo a “escolher”, porque “ou você apoia o direito internacional, as Nações Unidas, as decisões do Supremo Tribunal de Justiça da União Europeia, ou você apoia o povo saarauí”, afirmou.
O porta-voz da IU acrescentou que esta questão complexa do Saara Ocidental “não é e não pode ser uma moeda de troca para melhorar as relações com o governo marroquino”.
jha/ft/bm