Sexta-feira, Outubro 03, 2025
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Fim do mandato da Missão de Apoio à Segurança no Haiti

Porto Príncipe, 2 de out (Prensa Latina) O mandato da Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMAS) liderada pelo Quênia no Haiti termina hoje sem a erradicação bem-sucedida das gangues que controlam 90% de Porto Príncipe.

Os militares do país africano chegaram à chamada Pérola das Antilhas em junho de 2024 e, desde então, registraram mais de 20 vítimas, incluindo mortos e feridos.

Há algumas horas, as Nações Unidas adotaram uma resolução para substituir a MMAS por uma missão chamada Força de Supressão de Gangues, composta por 5.500 homens, com total autonomia e poder letal.

Em junho passado, Nairóbi anunciou que poderia rever seu compromisso de combater gangues no Haiti, visto que a comunidade internacional continuava a não cumprir as promessas feitas ao país africano. Nesse sentido, o presidente queniano, William Ruto, emitiu um alerta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Ruto expressou preocupação com a posição da comunidade internacional em relação ao MMAS no Haiti, que seu país havia liderado anteriormente.

Ele apontou as graves deficiências no apoio a essa tarefa e denunciou que, dos 2.500 soldados a serem mobilizados, menos de 40% estão presentes no Haiti.

O MMAS carece de recursos financeiros, tendo recebido apenas 11% dos fundos necessários para o primeiro ano, argumentou Ruto, conforme citado pelo jornal Haiti Libre.

Ele alertou que os principais contratos para as operações logísticas da missão estão prestes a expirar e que, sem uma orientação clara do Conselho de Segurança da ONU, o Quênia não poderá continuar liderando a operação.

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