Sábado, Setembro 27, 2025
NOTÍCIA

Defesa da soberania por Lula na ONU marca semana política no Brasil

Brasília, 27 set (Prensa Latina) O contundente discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ONU, em Nova York, onde afirmou que a democracia e a soberania do país são inegociáveis, foi destaque no Brasil durante a semana que terminou hoje.

“Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis ​​(…) A agressão ao Judiciário é inaceitável. (…) Continuaremos como um país soberano e um povo unido diante de qualquer tipo de ameaça”, declarou Lula, que recebeu aplausos prolongados durante seu discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU.

Ele afirmou que o Brasil continuará como um país soberano e “um povo unido diante de qualquer tipo de ameaça”.

Ele considerou inaceitável a agressão ao Judiciário, em alusão às sanções impostas por seu homólogo americano, Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

O republicano citou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, em julho, como um dos motivos para o aumento de impostos sobre produtos do gigante sul-americano.

No início de seu discurso, Lula comentou sobre a condenação de Bolsonaro, que recebeu 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe.

“Falsos patriotas planejam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há paz com impunidade”, argumentou o líder progressista.

Ele observou que “há poucos dias, e pela primeira vez em nossos 525 anos de história, um ex-chefe de Estado foi condenado por violar o Estado Democrático de Direito”.

Ele indicou que Bolsonaro foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado por seus atos em um processo exaustivo. Ele gozou de pleno direito de defesa, prerrogativa que ditaduras negam às suas vítimas, especificou.

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil enviou uma mensagem a todos os aspirantes a autocratas e àqueles que os apoiam… Continuaremos sendo uma nação independente e um povo livre de qualquer forma de tutela”, enfatizou.

Ele afirmou que “quando a sociedade internacional falha em defender a paz, a soberania e o Estado de Direito, as consequências são trágicas”.

Ele alertou que “em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar instituições e sufocar liberdades. Cultuam a violência, exaltam a ignorância, agem como milícias físicas e digitais e restringem a imprensa”, denunciou.

Em outro momento de seu discurso, Lula também defendeu a regulamentação das mídias sociais e afirmou que os ataques às medidas de controle nas plataformas servem para “encobrir interesses ocultos”.

Ele condenou o bloqueio generalizado e injusto dos EUA contra Cuba e sua inclusão em uma lista unilateral de Estados que patrocinam o terrorismo. Lamentou a ausência da delegação palestina na cúpula da ONU e denunciou que “nada justifica o genocídio em curso na Faixa de Gaza”.

mem/ocs/bj

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa