Díaz-Argüelles figura na lista divulgada hoje das personalidades que serão reconhecidas com a condecoração especial por suas contribuições ao país, o que acontecerá durante a sexta cerimônia desse tipo prevista para os dias 29 e 30 de setembro.
O comandante é o terceiro cubano a receber a condecoração, no seu caso correspondente à Classe Paz e Desenvolvimento, pois anteriormente foi concedida na Classe Independência ao general do corpo do Exército Leopoldo Cintra Frías, que a recebeu pessoalmente; e postumamente ao general de brigada Rafael Moracén Limonta, também na Classe Paz e Desenvolvimento.
De acordo com o comunicado da Presidência angolana, a cerimônia de entrega prevê a concessão de medalhas a 759 pessoas ou seus familiares, 115 na Classe Independência e 644 na Classe Paz e Desenvolvimento.
Até à data, quase 1.600 personalidades nacionais e internacionais foram homenageadas, entre as quais lutadores pela liberdade, líderes políticos, músicos, escritores, artistas, desportistas, figuras religiosas e membros da sociedade civil.
Raúl Díaz-Argüelles esteve ligado aos momentos iniciais da colaboração militar cubana em Angola, a pedido do governo de António Agostinho Neto, e participou em algumas das principais batalhas que contribuíram para garantir a independência nacional em 11 de novembro de 1975.
No passado dia 21 de outubro, ao inaugurar o hospital de Cuanza Sul que leva o nome do cubano falecido em solo angolano, o presidente João Lourenço disse que a instituição tem o nome de um grande combatente pela liberdade, cuja contribuição foi muito relevante.
Ele se referiu ao seu papel na Batalha de Kifangondo, cuja vitória permitiu declarar a independência; e na Batalha de Ebo, apenas um mês após o surgimento da Angola livre do colonialismo, que impediu a África do Sul de avançar em direção a Luanda e perder o que havia conquistado, explicou.
Depois disso, houve outras batalhas, mas estas foram fundamentais pelo momento em que ocorreram e qualquer uma delas poderia ter definido que não fôssemos independentes ou que o tivéssemos conseguido muito mais tarde, com um custo maior de sangue e suor angolanos, argumentou Lourenço.
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