Uma nota publicada no site do Vatican News destaca que, em encontro realizado na véspera no Capitólio, na capital italiana, “em um contexto global marcado pela recente escalada do conflito entre Israel e Irã”, Parolin considerou “positivo que haja uma mobilização geral para evitar a corrida armamentista”.
Durante o encontro, que teve como tema a “Dívida Ecológica”, o cardeal reiterou a necessidade urgente de “um novo olhar para um mundo novo, capaz de interpretar com atenção os desafios e os sinais dos tempos que possam contribuir para a paz”.
O diplomata vaticano expressou que o combate à corrida armamentista é uma expressão do convite feito pelo Papa Francisco para usar os fundos destinados a armas para resolver o problema da fome no documento “Spes non confusat” (A Esperança Não Decepciona), de maio de 2024, no qual anunciou e convocou o Jubileu.
A manifestação nacional, realizada no último sábado, foi organizada por uma ampla rede de organizações sociais italianas, partidos de esquerda e grupos pacifistas, como parte dos protestos contra a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que será realizada nos dias 24 e 25 de junho em Haia, Holanda.
“A mobilização assume ainda maior importância à luz dos últimos acontecimentos no Oriente Médio entre Israel e Irã, que ameaçam expandir o cenário de guerra globalmente; o cerco e o massacre que continuam na Faixa de Gaza e uma guerra que parece não ter fim na Ucrânia”, afirmava o chamado para a manifestação. Ao mesmo tempo, no último sábado, o Papa Leão XIV recebeu parlamentares de 68 países no Palácio Apostólico do Vaticano, por ocasião do Jubileu dos Governos.
Em seu discurso aos presentes, incluindo a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o Sumo Pontífice enfatizou que uma boa ação política “pode contribuir efetivamente para a harmonia e a paz, tanto no plano social quanto no internacional”.
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