A África do Sul, de acordo com a FATF, foi listada em fevereiro de 2023 por “deficiências no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”.
Durante a sessão plenária em Estrasburgo, na França, o FATF determinou que a África do Sul implementou as reformas necessárias e justificou uma avaliação in loco, a última etapa antes de uma possível exclusão da lista.
Essa visita, conduzida pelo Grupo Africano Conjunto do FATF, verificará se as reformas adotadas estão sendo implementadas de forma sustentada e se o compromisso político do país continua forte.
A esse respeito, o Tesouro Nacional da África do Sul enfatizou que a conclusão do Plano de Ação representa um marco, pois as melhorias no regime de AML/CFT são essenciais para superar o legado da captura do Estado, que enfraqueceu as instituições judiciais e de aplicação da lei.
“Essas melhorias são cruciais não apenas para sair da lista cinza, mas também para fortalecer o combate ao crime e à corrupção e para contribuir com a integridade do sistema financeiro sul-africano”, enfatizou o Tesouro.
O comunicado da FATF, emitido na semana passada, destacou o aumento contínuo das investigações e processos por lavagem de dinheiro grave e complexa, bem como a atualização do da Avaliação de Risco de Financiamento do Terrorismo, que forneceu a base para uma estratégia nacional abrangente sobre a questão.
A visita no local está programada para ocorrer antes da próxima sessão plenária do FATF, em outubro de 2025.
Se o resultado for positivo, a África do Sul será retirada da lista cinza, uma medida que, segundo os especialistas, poderia aumentar a confiança dos investidores e reduzir o escrutínio bancário internacional.
O Banco de Reserva da África do Sul elogiou o progresso, mas alertou que “não é hora de complacência”, pedindo esforços contínuos para consolidar os ganhos obtidos.
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