Segunda-feira, Junho 09, 2025
NOTÍCIA

Guatemala alerta para aumento da doença renal crônica

Cidade da Guatemala, 7 jun (Prensa Latina) A doença renal crônica está aumentando na Guatemala hoje, alertou o Ministro da Saúde e Assistência Social, Joaquín Barnoya, que estimou que entre 10% e 15% da população é afetada.

Há dez anos, ela nem sequer estava entre as cinco principais causas de morte, enquanto atualmente está entre os cinco principais diagnósticos que vemos em hospitais públicos, enfatizou o ministro.

O funcionário destacou a importância da Organização Mundial da Saúde, a pedido da Guatemala, elevar o tratamento da doença ao nível de diabetes, câncer e hipertensão, por meio da aprovação de uma resolução.

A doença renal crônica, se continuar como está, acabará sendo a quinta causa de morte em 10 anos, e ainda estamos a tempo de começar a preveni-la e tratá-la precocemente, enfatizou Barnoya.

Ele descreveu projeções que indicam que pelo menos 600 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença, porque — explicou — uma porcentagem ainda não apresenta manifestações clínicas, mas já se encontra em estágios iniciais.

Sobre as ações concretas que o país tomará em seu sistema com base na legislação, afirmou que se trata de uma reforma estrutural “que nos permitirá dedicar recursos ao diagnóstico precoce, tratamento e prevenção”.

Oitenta por cento desses pacientes têm diabetes e hipertensão, observou o funcionário, reconhecendo que a doença é mais comum entre os pobres, principalmente neste território centro-americano, e entre as crianças.

Em declarações ao jornal oficial Diario da América Central, ele se referiu a uma nova mudança em direção à medicina preventiva, “não apenas para doenças infecciosas, mas também para doenças crônicas não transmissíveis”.

Embora seja verdade que ainda temos um bom número de doenças da pobreza, como desnutrição e mortalidade materno-infantil, elas já coexistem com outras doenças ocidentais, como câncer, diabetes, hipertensão e infartos, afirmou.

O sistema de saúde, negligenciado há décadas, precisa se adaptar para atender aos dois perfis epidemiológicos e, gradativamente, alcançar essas comunidades, insistiu.

O ministro enfatizou isso na inauguração de 24 centros de saúde em áreas rurais do país, enquanto o governo anterior abriu apenas quatro em quatro anos.

jha/znc/bj

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa