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Expectativas da UNESCO para o Fórum Mundial dos Oceanos

Paris, 27 mai (Prensa Latina) Autoridades e especialistas da UNESCO abordaram hoje as expectativas e a relevância da Terceira Conferência das Nações Unidas para o Oceano (UNOC3), um fórum que se reunirá em Nice de 9 a 13 de junho.

Em uma coletiva de imprensa virtual, especialistas enfatizaram a importância de as sociedades compreenderem o papel dos vastos espaços marinhos que separam os continentes e os desafios que eles enfrentam. Essas questões serão centrais no evento programado para a cidade do sul da França, que contará com a presença de chefes de Estado e de governo.

De acordo com o diretor de Comunicações da UNESCO, Matthieu Guevel, o organismo multilateral responsável pela educação, ciência e cultura está conduzindo uma década (2021-2030) com o objetivo de destacar a contribuição dos oceanos para o desenvolvimento sustentável.

Essa iniciativa já levou ao estabelecimento de 700 novos projetos, avaliados em US$ 1,5 bilhão, acrescentou.

Guevel destacou a visão da Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, de abordar a questão do oceano a partir de três pilares: compreensão, educação e proteção. Esses pilares estarão presentes na UNOC3, uma conferência copresidida pela França e pela Costa Rica.

Por sua vez, o chefe de política marinha da UNESCO, Julian Barbiere, considerou o fórum da ONU uma oportunidade para destacar o papel da ciência em facilitar ações e motivar discussões nacionais com contribuições de diversos setores, incluindo a indústria e o setor privado.

Ele também enfatizou a importância de ter mais informações sobre os oceanos, principalmente em tempo real, para mitigar o impacto dos fenômenos naturais, e de mapear o fundo do mar, uma questão fundamental para a gestão e o desenvolvimento sustentável.

Precisamos atingir 100% de cibermapeamento até 2030 para enfrentar desafios como correntes, mudanças climáticas e a identificação de ecossistemas e sua diversidade, explicou ele.

Em sua vez na coletiva de imprensa, Francesca Santoro, alta funcionária do Programa de Alfabetização Oceânica da UNESCO, enfatizou o papel fundamental da educação na formação de gerações para que entendam a importância desses espaços marinhos.

Nesse sentido, ele mencionou a importância de currículos que abordem a questão dos oceanos e o avanço de iniciativas bem-sucedidas, como a Rede de Escolas Azuis, que reúne 2.400 centros educacionais ao redor do mundo.

Temos vários programas em andamento para envolver os alunos e a sociedade como um todo, e outros que serão ativados, como um videogame, disse ele.

Ecoando as observações de Santoro, o líder do Grupo de Peritos da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, Ronaldo Christofoletti, enfatizou a necessidade de envolver toda a sociedade para que entendam os desafios e apoiem medidas de gestão e proteção dos oceanos.

jha/wmr/bj

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