A agência alertou em um comunicado sobre a falta de água, alimentos, suprimentos médicos e outros produtos vitais como resultado do cerco, que está em vigor desde 2 de março.

Sem esses elementos essenciais, a desnutrição, as doenças e outras condições provavelmente aumentarão, elevando o número de mortes infantis evitáveis, enfatizou.

Temos abundantes suprimentos de ajuda esperando para entrar em Gaza vindos do Egito, explicou o diretor regional da UNICEF para o Oriente Médio e Norte da África, Edouard Beigbeder.

Citado no texto, o funcionário exigiu a entrada imediata deles, afirmando que não se trata de uma opção ou um gesto de caridade, mas sim “uma obrigação perante o direito internacional”.

A agência alertou sobre os baixos níveis de alimentos na região, uma situação que afeta principalmente as crianças.

Ele estimou que cerca de 10.000 bebês com menos de seis meses de idade precisam de alimentação suplementar.

Além dos serviços de nutrição, fomos forçados a reduzir os serviços de saúde mental e apoio psicossocial, educação e gerenciamento de casos de proteção infantil devido às hostilidades contínuas e ao deslocamento em massa, disse.

A UNICEF explicou que, depois que o cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, alguns poços de água foram recuperados, mas após a retomada dos combates, “muitos continuam sem reparos ou correm risco de sofrer mais danos”.

O acesso à água potável para um milhão de cidadãos, incluindo 400.000 crianças, caiu de 16 litros por pessoa por dia para apenas seis, lamentou ele.

Se o combustível acabar nas próximas semanas, o número poderá cair para apenas quatro litros, observou ele.

Diante dessa situação, a agência pediu o fim das hostilidades e a restauração do cessar-fogo.

“Ajuda humanitária e bens comerciais devem ter permissão para entrar e se mover livremente por Gaza. Crianças doentes e feridas devem ser evacuadas para cuidados médicos”, exigiu.

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