Segunda-feira, Maio 05, 2025
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Massacre no Equador deixa 22 mortos

Quito, 7 mar (Prensa Latina) Um novo massacre no distrito de Nueva Prosperina, ao nordeste da cidade equatoriana de Guayaquil, deixou 22 mortos e três feridos, apesar do estado de emergência vigente hoje nesse território.

De acordo com relatos da imprensa local, 20 homens armados realizaram os assassinatos em diferentes casas na tarde de quinta-feira, enquanto vídeos nas redes sociais mostram gritos desesperados de pessoas que testemunharam o evento.

A Polícia Nacional observou que algumas das vítimas tinham antecedentes criminais por roubo, tráfico de drogas e posse de armas.

De acordo com as autoridades, esse crime faz parte de um conflito pelo controle da área entre duas facções da gangue criminosa Los Tiguerones.

O prefeito de Guayaquil, Aquiles Alvarez, disse em sua conta no X que “a situação em Nueva Prosperina é bárbara (…) Homens armados com rifles e pistolas de 9 mm, pelo menos 20 assassinos, saíram pelas ruas executando a sangue frio”.

Alvarez alertou que até agora, neste ano, 180 mortes violentas ocorreram na área, “um número que só cresce e que mostra que a situação não está sob controle”.

O massacre de quinta-feira é considerado pela mídia local como o pior em Guayaquil em anos, sem contar os eventos que ocorreram nas prisões.

A polícia informou na sexta-feira que “realizou operações importantes para capturar os responsáveis e esclarecer esses atos violentos”.

A cidade costeira de Guayaquil é a capital da província de Guayas, um dos territórios onde o estado de emergência está em vigor há dois meses e será prorrogado por mais um mês, conforme decretado pelo presidente Daniel Noboa.

O presidente anunciou que, nas próximas duas ou três semanas, o país receberá forças de países aliados para reforçar a luta contra o crime organizado.

O Equador encerrou 2024 como o segundo ano mais violento da história e, nos primeiros meses de 2025, o número de homicídios já ultrapassa 1.000, apesar dos constantes estados de emergência, da declaração de conflito armado interno e da militarização.

Essa escalada de violência está ocorrendo às vésperas do segundo turno das eleições, em 13 de abril, quando Noboa enfrentará Luisa González, do movimento Revolución Ciudadana, nas urnas.

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