Sexta-feira, Dezembro 19, 2025
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Beijing rejeita cláusulas antichinesas na lei de defesa dos EUA

Beijing, 19 dez (Prensa Latina) A China criticou hoje as disposições da Lei de Autorização de Defesa Nacional dos Estados Unidos para o ano fiscal de 2026 e a venda de armas a Taiwan, por considerar que prejudicam sua soberania e segurança.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, afirmou que o projeto americano exagera a chamada “ameaça chinesa” e interfere nos assuntos internos do país.

Guo destacou que Beijing manifestou repetidamente seu forte descontentamento e oposição, e apresentou protestos formais a Washington.

O porta-voz exortou os Estados Unidos a ver de forma objetiva e racional seu desenvolvimento e as relações bilaterais.

Ele também observou que ambas as partes devem cumprir os consensos alcançados pelos chefes de Estado da China e dos Estados Unidos em sua reunião em Busan, em outubro passado.

Beijing exigiu que Washington não aplicasse cláusulas negativas relacionadas à China incluídas nessa legislação.

Guo afirmou que, se o país vizinho persistir nessa postura, a gigante asiática adotará medidas firmes para salvaguardar sua soberania, segurança e desenvolvimento.

Por outro lado, o porta-voz reiterou que a recente venda maciça de armas americanas a Taiwan constitui uma grave ingerência nos assuntos internos chineses.

Ele destacou que essas ações prejudicam a soberania, a integridade territorial e a estabilidade no estreito. Guo ressaltou que a questão de Taiwan diz respeito aos interesses fundamentais da China e não admite interferências externas.

Ele indicou que qualquer tentativa de armar Taiwan enfrentará consequências graves e não alterará a tendência histórica para a reunificação.

Além disso, o porta-voz instou os Estados Unidos a respeitar o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos bilaterais.

O presidente Donald Trump promulgou ontem a Lei de Autorização de Defesa Nacional para as dotações orçamentárias do ano fiscal de 2026, que inclui um gasto militar recorde de US$ 901 bilhões.

A “lei permitirá ao Departamento de Guerra levar adiante minha agenda de Paz pela Força, proteger o território nacional de ameaças internas e externas e fortalecer a base industrial de defesa”, afirmou o presidente norte-americano.

otf/idm/bm

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