Na inauguração, na quarta-feira, da XLVIII Feira Nacional do Zebu e seus cruzamentos, no terreno da Base Aérea Francisco de Miranda, em La Carlota, na Grande Caracas, o chefe de Estado disse que havia ordenado o aumento das ações diplomáticas para trazer de volta todos os migrantes nacionais dos Estados Unidos.
Amanhã 306 compatriotas estão chegando pelo aeroporto do México”, enfatizou, e comentou que havia ordenado ao enviado especial para negociações de paz com os Estados Unidos, Jorge Rodríguez, que ‘aumentasse as ações para garantir os voos de retorno de todos os migrantes detidos’.
“Vamos devolver todos os migrantes detidos para dar-lhes respeito, dignidade, apoio e devolvê-los à sua terra natal e à sua família”, enfatizou.
Maduro descreveu o que os governos dos Estados Unidos e de El Salvador fizeram com os migrantes nacionais como crueldade e injustiça, e disse que foi “um ato vergonhoso e cruel de desaparecimento forçado e sequestro”.
O governador questionou sob qual processo judicial os 238 venezuelanos que eram migrantes nos Estados Unidos estão presos em El Salvador, e comentou que eles entraram em contato com advogados salvadorenhos de direitos humanos.
Nesse sentido, ele revelou a criação na Venezuela do Comitê de Parentes e Vítimas de Migrantes Sequestrados em El Salvador, onde já entraram em contato com escritórios de advocacia e defensores de direitos humanos naquele país.
Nesse sentido, ele explicou que esse grupo realizará o processo legal de defesa dos compatriotas, enquanto o governo e o Estado bolivariano atuarão por meio de todos os canais legais para conseguir a libertação de cada um dos jovens.
O presidente exigiu justiça da Suprema Corte de El Salvador e dos magistrados e orou “pelo amor de Deus e em nome de Óscar Arnulfo Romero”.
Eles não cometeram nenhum crime no país centro-americano e “devem ser libertados rapidamente e entregues às suas famílias na Venezuela”, enfatizou.
Maduro elogiou a forma como, na quarta-feira, o povo venezuelano foi às Plazas Bolivar em todo o país para exigir o retorno dos migrantes sequestrados, que, segundo ele, estão em campos de concentração preparados naquele país no melhor estilo nazista.
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