Numa reunião do Conselho Executivo, o sindicato apelou à eleição de um Presidente da República, à formação de um Governo com plenos poderes, bem como à reforma do sistema judicial e à elaboração de um plano de recuperação a todos os níveis.
A organização enfatizou a necessidade de impedir o saque organizado do dinheiro popular pelo Banco Central e pelas autoridades financeiras, por meio de decisões e circulares que consomem os recursos remanescentes de depositantes, militares, aposentados e pessoas vulneráveis.
A União denunciou a desvalorização da moeda nacional, que já ultrapassou a cotação de 60 mil libras libanesas por cada dólar no mercado informal, e as suas repercussões negativas no poder de compra dos cidadãos.
A Associação de Transporte Aéreo anunciou o seu compromisso com uma greve geral em todos os territórios da nação, para rejeitar as deploráveis condições de vida e o impacto da crise na educação, saúde e serviços.
Neste contexto, o grupo apelou aos governantes para ativarem o trabalho do Estado, de forma a evitar o agravamento dos problemas económicos, políticos e sociais.
Ao mesmo tempo, o dirigente do Sindicato dos Professores, Nehme Mahfoud, saudou os colegas pela solidariedade e compromisso com a greve de advertência para atender às suas reivindicações.
Desde o início do ano, os professores reivindicam aumento salarial, melhorando o subsídio de transporte e aumentando os pagamentos em dólares, segundo informações locais.
Enquanto aguarda a próxima sessão do Parlamento, o Líbano está passando pelo quarto mês de um vácuo de poder após o fim do mandato de Michel Aoun como chefe da República em 31 de outubro, na ausência de consenso político e sob um governo interino.
O colapso da libra libanesa, os altos preços dos combustíveis e as necessidades básicas descrevem a realidade económica de um país com quase 80 por cento dos seus habitantes a viver na pobreza, segundo dados de entidades das Nações Unidas.
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