Golob, líder do Movimento Liberal pela Liberdade, apresentou duas opções ao parlamento: manter a adesão e assumir os custos crescentes ou abandonar a aliança militar.
Tudo o resto é populismo enganoso, afirmou o governante, segundo o portal Euractiv.
De acordo com especialistas locais, a iniciativa busca contrariar seus parceiros de governo, já que a Esquerda exige um plebiscito sobre o aumento dos gastos com defesa para 3% do PIB até 2030 (2,1 bilhões de euros), e os social-democratas apoiam a proposta junto com a oposição conservadora.
Enquanto isso, o parlamento já aprovou a consulta sobre financiamento (46 votos a favor contra 42), aprofundando a divisão da coalizão.
A medida surge após a assinatura, em junho, do acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para atingir 5% do PIB em defesa até 2035, após o incumprimento da meta de 2% em 2024 (prometida para 2025).
Da mesma forma, o tema avivou um mal-estar social por priorizar os gastos militares em detrimento das necessidades sociais.
A proposta será debatida formalmente na próxima semana.
Analistas apontam que, com suas ações, Golob busca capitalizar o ceticismo dos cidadãos, já que apenas 37% apoiam a OTAN, de acordo com o Eurobarômetro, uma série de pesquisas realizadas periodicamente pela Comissão Europeia desde 1973.
A consulta poderia redefinir o equilíbrio geopolítico na região dos Balcãs, enquanto Bruxelas monitora o caso por seu potencial efeito dominó.
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