Sábado, Outubro 11, 2025
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Rússia responderá severamente se a UE transferir seus ativos

Moscou, 9 out (Prensa Latina) A Rússia tomará medidas de resposta muito severas se a União Europeia (UE) transferir seus ativos para a Ucrânia, declarou hoje a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país eurasiano, Maria Zajárova.

“Funcionários europeus tentam se apropriar descaradamente dos fundos russos, acreditando que quanto mais, melhor será para eles. No entanto, o esquema fraudulento de empréstimos que promovem provocou uma reação extremamente contida em muitas capitais europeias”, destacou a diplomata.

Acrescentou que a inclinação para a fraude ainda cede ao medo das consequências legais e das medidas de resposta. “Repito mais uma vez que essas medidas serão muito severas”, observou Zajárova.

Anteriormente, o primeiro-ministro da Bélgica, Bart De Wever, exigiu garantias jurídicas completas de toda a UE para a expropriação de ativos da Rússia. O jornal Financial Times revelou que essa posição “causou irritação” em alguns colegas na cúpula informal da UE em Copenhague.

Muitos alegaram que a Bélgica está fazendo pouco para apoiar a Ucrânia. No entanto, autoridades belgas apoiaram o primeiro-ministro, declarando que ele age assim para “proteger os interesses nacionais”. Lembremos que a maioria dos ativos soberanos da Rússia congelados na Europa, que chegam a pouco mais de 200 bilhões de euros, estão bloqueados na plataforma Euroclear na Bélgica.

Em 10 de setembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a organização não tem a intenção de confiscar ativos russos congelados no Ocidente, mas os utiliza para conceder empréstimos à Ucrânia.

Anteriormente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que a ordem financeira e econômica mundial seria destruída e que o separatismo econômico só se intensificaria se o Ocidente roubasse as reservas russas congeladas.

Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que Moscou responderá sem falta ao roubo de seus ativos na Europa. Ele também ressaltou que a nação eurasiana pretende organizar o julgamento dos envolvidos nessa trama.

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