O dia de atividades sob o tema “Celebrando 25 Anos de Excelência em Avaliação Enraizada na África: Construindo um Futuro Mais Forte Juntos” ocorreu de 16 a 18 de junho, marcando um marco importante em seu compromisso com o fortalecimento da capacidade de avaliação e o compartilhamento de conhecimento na África.
O evento, organizado em colaboração com a Associação Etíope de Avaliação, o Ministério do Planejamento e Desenvolvimento e diversas partes interessadas estratégicas, reuniu mais de 300 participantes, incluindo avaliadores, formuladores de políticas, autoridades governamentais e profissionais de desenvolvimento.
A Ministra do Planejamento e Desenvolvimento da Etiópia, Fitsum Assefa, expressou o compromisso de Adis Abeba em aprimorar seus quadros nacionais de avaliação como parte de esforços mais amplos para garantir resultados de desenvolvimento eficazes.
Assefa enfatizou que sistemas robustos de monitoramento e avaliação são essenciais para supervisionar o progresso e subsidiar decisões oportunas e baseadas em evidências.
Ela observou que seu Ministério havia feito progressos concretos na institucionalização da avaliação dentro do quadro nacional de planejamento do país, uma estratégia criada para orientar a concepção, a implementação e a disseminação de relatórios especializados.
“Este aniversário é um momento de reflexão e compromisso renovado. Vemos a avaliação não apenas como uma ferramenta técnica, mas como um imperativo democrático que amplifica a voz dos cidadãos, garante a inclusão e melhora a prestação de serviços públicos”, afirmou. Representando a União Africana, Botho Kebabonye Bayendi, Diretor de Planejamento Estratégico e Implementação, falou sobre o papel crucial desta atividade na concretização das aspirações de desenvolvimento da África, em particular da Agenda 2063.
“Os fundamentos de um sistema de avaliação de propriedade africana devem nos ajudar a identificar os desafios de implementação, validar o que funciona em nosso contexto, redirecionar recursos para áreas de alto impacto e garantir que nenhuma comunidade seja deixada para trás”, refletiu Bayendi.
Por sua vez, o presidente da AFREA, Miche Ouedraogo, defendeu sistemas liderados por africanos, apoiados pela transformação digital. Ele enfatizou a necessidade de a avaliação permanecer enraizada nas necessidades e realidades únicas de desenvolvimento do continente.
Ouedraogo comentou que a avaliação deve contribuir para a agenda de desenvolvimento da África, enfatizando um processo liderado por africanos e apoiado pela digitalização. Ter evidências e dados é essencial para qualquer política ou iniciativa estratégica de desenvolvimento em campo no continente, acrescentou.
Considerando que nem todos os países seguem o mesmo caminho, ele reconheceu que cada um possui seus próprios processos de desenvolvimento e capacidades nacionais de avaliação.
Olhando para o futuro, o presidente da AFREA afirmou que impulsionar os esforços em tecnologia e inovação é uma das perspectivas a serem analisadas nos próximos anos.
Na sua opinião, alavancar a inteligência artificial, bem como tecnologias inovadoras, é crucial para garantir que elas possam gerar mudanças no campo da avaliação de políticas públicas.
Fundada em 1999, a Associação Africana de Avaliação surgiu em resposta à crescente demanda por advocacy, compartilhamento de informações e capacitação nessa atividade. Nos últimos 25 anos, tornou-se um ator fundamental no ecossistema de monitoramento e avaliação do continente.
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