Não acho que nosso tempo acabou, mas estamos perigosamente próximos do momento em que não podemos mais fazer nada, enfatizou Sharma, falando ao The Observer, a edição de domingo do The Guardian.
Segundo o responsável, a quem o governo britânico foi incumbido de presidir a cúpula a realizar em novembro em Glasgow, na Escócia, as inundações, incêndios e ondas de calor que ocorrem quase que diariamente em diferentes partes do mundo são sinais claros de que é necessário agir o mais rapidamente possível.
Não podemos esperar dois, cinco ou dez anos, este é o momento, frisou.
O alerta de Sharma veio na véspera do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas lançar um novo relatório sobre o impacto do aquecimento global nos oceanos, do gelo do Ártico e das terras.
A esse respeito, Sharma disse que o documento será a advertência mais dura até agora de que o comportamento humano está acelerando de forma alarmante o aquecimento global.
É por isso que a COP26 tem que ser o momento de corrigir, acrescentou o responsável, referindo-se à cúpula marcada para a primeira quinzena de novembro, e onde estão previstos representantes de quase 200 países.
O evento é considerado uma das últimas oportunidades para os governos assumirem maiores compromissos para reduzir suas emissões de gases de carbono que causam o chamado efeito estufa.
Os mais ricos também devem aumentar suas contribuições financeiras para ajudar os países mais pobres e vulneráveis a lidar com os efeitos das mudanças climáticas.
O Reino Unido, que já se comprometeu a reduzir suas emissões a zero até 2050, é criticado, por outro lado, por continuar concedendo licenças para a exploração de combustíveis fósseis, o que, segundo especialistas, vai contra o objetivo de limitar o aumento da temperatura global em 1,5 graus.
Questionado sobre isso, Sharma argumentou que os investidores nos setores de petróleo, gás e carvão terão que aderir ao compromisso de emissões zero de poluentes até 2050.
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