A investigação inclui outras 13 pessoas, 11 das quais receberam acusações por ilícito, presumidamente cometido na Secretaría de Saúde do municipio do Distrito Metropolitano, na compra de 100 mil provas para detectar a Covid-19, realizada em abril do ano passado.
Na audiência preparatória do julgamento, o procurador da província de Pichincha, Alberto Santillán, apontou Yunda como o autor mediador do crime, tendo conhecimento dos detalhes da contratação para aquisição de reagentes para testes tipo PCR.
Segundo o advogado, o autarca promoveu a validação forçada do produto adquirido e trocou mensagens de texto com os funcionários do distrito, nas quais confirmou que os testes não eram PCR, mas RT Lamp.
Além de Yunda, o Ministério Público localizou o ex-secretário de Saúde do Distrito Metropolitano Lenín Mantilla e Juan Alejandro Vinelli, gerente da empresa Salumed S. A., como autores diretos de peculato.
Da mesma forma, os funcionários Marco Rubio, Ximena Abarca e Linda Guamán foram indicados como coautores.
Segundo os denunciantes, o prejuízo ao município teria um valor superior a 2,2 milhões de dólares.
Por sua vez, o advogado do prefeito, Juan Pablo Albán, considerou que os elementos apresentados não comprovam a existência de um dano ao Estado em benefício do arguido ou de um terceiro.
‘Ainda não entendemos qual é o fundamento da alegação de autoria desse suposto crime’, insistiu.
Este dia continua o processo com o anúncio das provas contra os demais investigados.
O Ministério Público indica que haveria mais de 80 elementos de condenação contra os 14 réus, para demonstrar irregularidades no contrato assinado entre o município de Quito e Salumed S.A., no valor de 4,2 milhões de dólares.
O processo decorre num momento em que circulam vários pedidos de demissão de Yunda, por descumprimento de funções, denúncias de corrupção e acontecimentos relacionados com um escândalo sobre a compra de insumos para o combate ao Covid-19, em que o seu filho se encontra envolvido.
mgt/scm/jcfl