Quarta-feira, Novembro 19, 2025
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China reitera rejeição à interferência externa na Venezuela

Beijing, 19 nov (Prensa Latina) A China reiterou hoje sua rejeição à interferência externa nos assuntos da Venezuela sob qualquer pretexto, ao mesmo tempo em que reiterou seu apoio à declaração da América Latina e do Caribe como zona de paz.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, enfatizou a repulsa de Beijing a qualquer ato que viole os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e viole a soberania e a segurança de outros países. “Espera-se que os Estados Unidos realizem uma cooperação normal em matéria de aplicação da lei e judicial por meio de marcos legais bilaterais e multilaterais e que façam mais coisas que favoreçam a paz e a estabilidade na América Latina e no Caribe”, acrescentou a porta-voz.

Esta não é a primeira vez que Beijing expressa seu apoio ao povo e ao governo venezuelano em meio às crescentes tensões causadas pelas ameaças belicistas de Washington no Caribe.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse ontem que seu país está pronto para dialogar e defender a paz, mas também preparado para qualquer contingência.

Durante uma conversa com o renomado intelectual Ignacio Ramonet, o mandatário afirmou que todas as forças populares, sociais, políticas, militares e policiais do país foram exortadas a não cair em provocações em nenhum momento.

“Mas se eles querem vir matar um povo cristão aqui na América do Sul, nós chamamos nossos cidadãos a se mobilizarem com fervor patriótico, o que é nosso direito legítimo e soberano”, disse o dignitário.

Ele também fez alusão à nova narrativa empregada por Washington: a do suposto narcoterrorismo, “tão mentirosa quanto as anteriores”.

Sobre a agressividade dos Estados Unidos, ele a considerou uma tentativa de reposicionar essa nação em um contexto geopolítico muito alterado desde a afirmação da potência da China e o surgimento dos Brics (formado por nações como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Em sua opinião, a hegemonia global exercida por Washington é cada vez mais questionada por essas potências emergentes.

“Nesse novo contexto”, explicou, “a decisão da Casa Branca e do Pentágono é reforçar primeiro o teatro de segurança mais próximo do território americano, ou seja, a América Latina e o Caribe, seu antigo ‘quintal’”.

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