Quarta-feira, Novembro 12, 2025
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Brasil impulsiona governança multinível na COP30 para ação climática

Belém, 12 nov (Prensa Latina) O Brasil lançou na COP30, que entra hoje em seu terceiro dia, o Plano de Aceleração de Soluções (PAS) em Governança Multinível, que integra ações climáticas globais entre governos nacionais, locais e setores da sociedade.

A iniciativa marca uma nova etapa na cooperação climática global ao institucionalizar a integração entre diferentes níveis como condição essencial para a implementação efetiva do Acordo de Paris.

De acordo com o portal da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), que se reúne aqui até o dia 21, tal anúncio foi feito durante o Painel Ministerial de Alto Nível-Governança Multinível para a Implementação do Acordo de Paris e das Estratégias Climáticas, na Zona Azul.

Nesta ocasião, o Brasil e a Alemanha foram anunciados como copresidentes da Coalizão para Alianças Multiníveis de Alta Ambição (CHAMP).

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil, Marina Silva, destacou que a adaptação às mudanças climáticas implica transformar não apenas as estruturas de nossas cidades, mas também a forma de gestão.

Ela ponderou que “a governança multinível não é apenas um aspecto de coordenação, é um espaço de responsabilidade compartilhada entre diferentes atores e setores para uma gestão mais eficiente”.

Ao explicar o eixo central do PAS, a coordenadora geral de Adaptação da Secretaria Nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Inamara Melo, afirmou que o plano busca integrar políticas nacionais e subnacionais.

“É necessário aperfeiçoar as estratégias climáticas nacionais para garantir a integração multinível indispensável para sua implementação”, disse ela.

Ele explicou que esse processo requer um modelo de governança inclusivo que garanta a transferência de dados e tecnologia. “Isso permitirá que cidades e estados tenham as informações necessárias para a ação climática e facilitará o acesso ao financiamento”, enfatizou.

O ministro das Cidades, Jader Filho, fez um apelo para que todos os países aderiam à CHAMP e afirmou que, sem os entes subnacionais, será impossível implementar as metas climáticas.

A diretora executiva da COP30, Ana Toni, apoiou a posição de Filho. “Quem está na linha de frente são os governadores e prefeitos. São eles que precisamos para a implementação das ações contra as mudanças climáticas”, reconheceu.

O PAS baseia-se em quatro eixos: tomada de decisões informadas sobre riscos, conhecimento e capacitação, financiamento público e privado e governança inclusiva com um modelo de tomada de decisões multinível que garanta a participação social.

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