Quarta-feira, Dezembro 10, 2025
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Projeto de Lei é Rejeitado e Gera Incerteza Fiscal na Colômbia

Bogotá, 10 de dez (Prensa Latina) A derrota da Lei de Financiamento no Congresso abriu "um novo capítulo de incerteza fiscal" para a Colômbia, segundo relatório divulgado hoje pelo Ministério da Fazenda e Crédito Público.

A aprovação do projeto foi rejeitada ontem na Quarta Comissão do Senado, com nove votos contra e quatro a favor, o que significa que o orçamento de 2026 deixará de arrecadar 16 trilhões de pesos (pouco mais de quatro bilhões de dólares na cotação atual) que o Poder Executivo esperava arrecadar por meio da reforma tributária.

De acordo com o Ministro da Fazenda, Germán Ávila, a rejeição da iniciativa deixa uma lacuna significativa na estrutura de receitas.

Ele observou em seu comunicado que o Congresso da República aprovou o orçamento que orienta os gastos do governo para o próximo ano, mas que ficou claro que uma parte desses recursos teria que vir de uma Lei de Financiamento suplementar.

Contudo, lamentou que, após extenso debate e diversos ajustes, a iniciativa tenha sido rejeitada por uma parte do legislativo.

A proposta inicial do governo previa receitas de 26,3 trilhões de pesos (aproximadamente US$ 6,85 bilhões à taxa de câmbio atual), valor que foi posteriormente reduzido em 10 trilhões de pesos (mais de US$ 2,5 bilhões) em decorrência de acordos e modificações realizadas durante a discussão.

Segundo o ministro, o projeto de lei foi ajustado para priorizar uma abordagem progressiva, concentrando os maiores esforços tributários nos setores de maior renda e no setor financeiro, e eliminando medidas que poderiam afetar diretamente os cidadãos, como o aumento do preço dos combustíveis.

O ministro ressaltou que a rejeição da Lei de Financiamento poderia resultar em menos recursos para programas sociais, investimentos regionais, subsídios e para o cumprimento das obrigações do Estado, incluindo parte do pagamento da dívida pública.

Diante desse cenário, observou ele, o Governo está analisando as alternativas disponíveis no âmbito institucional, com o objetivo de garantir a continuidade do funcionamento do Estado e a implementação dos programas sociais planejados.

Ele também afirmou que a discussão sobre a declaração de estado de emergência econômica não está isenta de debate.

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