Sou membro da Conferência Episcopal do país e publicamos um comunicado afirmando que a situação nacional é grave, declarou o representante da Igreja Católica em entrevista ao jornal LaPrensa de Occidente.
A percepção por parte da população de que a atuação do Ministério Público (MP) constitui um abuso da lei é uma prevaricação, comentou a autoridade.
“Certamente a gota de água que fez transbordar o copo foi a apreensão das atas e dos votos e de todo o material de votação”, descreveu, numa referência aberta às ações promovidas por aquela entidade de investigação.
Esse foi o máximo, já que o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) é o órgão dirigente do processo eleitoral, afirmou o prelado, com base nos bloqueios rodoviários na terra do Quetzal que chegam à nona data esta terça-feira.
Portanto, havia a percepção de que, embora a ação estivesse protegida por decisão de um juiz, essa decisão excedia as capacidades legais, observou Molina.
Há uma exigência dos manifestantes para que Porras, o chefe da Procuradoria Especial contra a Impunidade, Rafael Curruchiche, e que o juiz Fredy Orellana abandonem seus cargos, acrescentou.
No comunicado apoiamos especificamente este pedido da população, por isso pedimos ao presidente do país, Alejandro Giammattei, “que peça a renúncia das referidas figuras”, disse o dirigente.
Por outro lado, lembrou, apelamos diretamente à consciência de Porras e Curruchiche para que apresentem a sua demissão.
Nesse texto não julgamos culpa, mas a percepção é que ultrapassaram os seus poderes e é ditada a necessidade da sua demissão, acrescentou.
A sua presença nos órgãos do Estado provoca a paralisia social que vivemos e a única forma de voltar à normalidade é com a demissão destes dois funcionários, afirmou o Arcebispo.
A população unida à chamada greve por tempo indeterminado na Guatemala bloqueou nesta terça-feira pelo menos 136 pontos estratégicos de rodovias, em busca do resgate da democracia.
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