Espinosa determinou que Moreno e sua esposa Rocío González, que descumpriram as medidas cautelares do processo, compareçam uma vez por mês à sede diplomática equatoriana no Paraguai, onde ambos residem.
Da mesma forma, o magistrado ordenou que o ex-presidente e sua esposa viajassem ao Equador uma vez a cada quatro meses para assinar perante o juiz.
Espero que como a justiça procedeu hoje, durante o processo de investigação, minha inocência seja provada. Eu disse desde o início, não tenho responsabilidade na megaconstrução Coca Codo Sinclair, disse Moreno através de sua rede social Twitter.
Segundo a tese da Procuradoria Geral do Equador, os 37 investigados no caso formavam uma estrutura criminosa que arrecadou 76 milhões de dólares em propina da empresa chinesa Sinohydro, responsável pela construção da hidrelétrica Coca Codo Sinclair, durante governo de Rafael Correa. As denúncias contra Moreno decorreram de uma investigação intitulada O labirinto offshore do círculo presidencial, divulgada em 2019 sobre um caso de corrupção envolvendo diretamente a empresa INA Investment Corporation, criada por Edwin Moreno, que supostamente carrega parte do nome das filhas do ex-chefe de Estado.
Segundo a documentação registrada, aquela empresa administrava contas no Balboa Bank, no Panamá, de onde eram adquiridos móveis caros, tapetes e outros artigos de luxo para o apartamento de Moreno em Genebra (Suíça), onde ele atuou como enviado especial do Secretário-Geral da ONU para pessoas com deficiência.
ro/nta/sg