“Precisamos de garantias legais e de longo prazo”, enfatizou o presidente em reunião ampliada do Ministério da Defesa e suas palavras iniciais foram publicadas no site oficial do Kremlin na Internet.

Segundo Putin, mesmo esses compromissos jurídicos não são confiáveis, porque Washington facilmente se retira de todos os acordos internacionais nos quais não está interessado.

“Facilmente! Explicando algo ou sem explicar nada, como foi com o tratado de defesa antimísseis”, disse ele.

No entanto, ele esclareceu que as propostas russas sobre garantias de segurança não são um ultimato, como apontam seus detratores.

Indicou que os documentos para assegurar a estabilidade estratégica, entregues por Moscou às autoridades norte-americanas e à sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte, estão sendo discutidos pelas Forças Armadas.

O chefe de Estado considerou que os conflitos armados e o derramamento de sangue não são “de todo” uma escolha da Rússia e pediu que todos os problemas sejam resolvidos por meios políticos e diplomáticos.

“Mas com garantias jurídicas concisas, compreensíveis e claramente expressas”, disse ele.

Putin explicou que os Estados Unidos e seus aliados devem entender que a Rússia “não tem para onde recuar” se suas armas aparecerem na Ucrânia.

A este respeito, comentou que o que esses países estão a fazer ou a planear fazer em território ucraniano, “não está a milhares de quilómetros da nossa fronteira nacional, está à nossa porta”.

Ele alertou que, se implantar armas naquele país, Washington poderá pressionar as autoridades de Kiev a atacar a República Russa da Crimeia.

Na reunião, o Presidente sublinhou que em 2021 as Forças Armadas russas cumpriram todas as tarefas que lhes foram atribuídas e sublinhou que o reforço da capacidade de defesa deste país será sempre uma prioridade e receberá a maior atenção.

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