26 de April de 2024
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Morte por greve anunciada na Bolívia

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Morte por greve anunciada na Bolívia

La Paz, 6 nov (Prensa Latina) A convocação de uma greve nacional por tempo indeterminado na Bolívia nesta segunda-feira tende a situação do país sul-americano hoje, quando o espectro do golpe de 2019 parece ganhar força em meio à rejeição das maiorias.

Com a lembrança ainda viva do que aconteceu há dois anos, após o tumulto cívico-militar que levou Jeanine Áñez ao poder, setores sindicais e até a própria oposição desaprovam a medida de força por considerá-la ilegal e com fartura de conotações políticas.

E é que os organizadores usaram o pretexto da Lei 1.386 de Estratégia Nacional de Combate à Legitimação de Lucros Ilícitos, para promover a greve, que é claramente promovida pelos mesmos setores de novembro de 2019, segundo analistas locais.

Essa regulamentação, mesmo sem receber a aprovação da Assembleia Plurinacional e adiada pelas autoridades para um estudo mais aprofundado e discussão popular, é o subterfúgio do direito de impedir que os autores intelectuais e materiais do golpe sejam levados à justiça.

Seus promotores incluem empresários privados, partidos políticos como Comunidad Ciudadana e Creemos, liderados por Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho, respectivamente, junto com o Comitê Nacional para a Defesa da Democracia, entre outros.

Para o ex-ministro da Defesa Reymi Ferreira, os atuais instigadores da medida de força “são os mesmos, mas com menos força”, pois estão divididos e não contam com o apoio da Polícia e das Forças Amadas.

Os comandantes dessas instituições, disse ele, foram destituídos e reajustados do governo para evitar a sedição como há dois anos.

Ao comentar a eficácia da greve nacional, Ferreira garantiu que “está fadada ao fracasso”, “vai cair sozinha”, porque setores da mesma direita a consideraram uma aventura.

À medida que as horas do Dia D avançam, cresce a rejeição em todo o país por parte da classe trabalhadora, transportadores, comerciantes, mineiros, organizações sociais, acadêmicos, pessoal de saúde, entre outros.

A Associação de Governos Autônomos Municipais do departamento de La Paz denunciou ontem que vê intenções de desestabilizar o Governo Nacional e alertou sobre danos econômicos irreversíveis, pelos quais recomendou o não cumprimento da medida.

O Comitê Cívico Paceño rejeitou a greve e advertiu que ela prejudicará muito os investimentos, as empresas do setor privado e o comerciante formal e informal.

“Clara e contundente” foi a resposta da Federação Sindical dos Mineiros, Gonzalo Quispe, cujo secretário executivo se posicionou garantindo que não permitirão “qualquer tentativa” de desestabilizar o governo democraticamente eleito e prejudicar o processo de reativação econômica em curso.

O dirigente mineiro considerou que paralisar o país “é totalmente irresponsável”, pelo que condenou e repudiou “aquelas atitudes” contrárias ao desenvolvimento e crescimento da nação.

Também a Confederação do Transporte Gratuito garantiu que não respeitará “qualquer paralisação” e trabalhará com total normalidade. O executivo desse sindicato William Condori destacou que “não estamos de acordo. Vamos continuar atendendo a população”, e lembrou as medidas de restrição horária adotadas pela golpista Jeanine Áñez no ano passado que afetaram o setor.

“Rejeitamos categoricamente essas ameaças de querer paralisar a Bolívia novamente”, enfatizou.

Nesta semana, representantes do governo do Movimento pelo Socialismo, do Centro Operário Boliviano e do Pacto de Unidade manifestaram em entrevista coletiva da Casa do Povo (sede do Executivo) que não permitirão um novo golpe de Estado.

Enquanto isso, um comunicado oficial do Comando Geral do Exército desmentiu rumores sobre o deslocamento de tropas e equipamentos militares desde quinta-feira, ao garantir que essa logística seja para comemorar na próxima semana, simultaneamente, o aniversário da “Batalha de Aroma” e do Exército Boliviano Dia.

jcm / jcd/ ml

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