Embora a greve e a concentração convocadas em frente à sede da empresa RATP durante duas semanas não tenham relação direta com os Jogos Olímpicos Paris 2024, que terão início em 26 de julho, o protesto pode fornecer um indicador da capacidade do sindicato de mobilizar seus membros.
Em janeiro, a CGT apresentou um pré-aviso de greve válido até setembro, o que preocupa as autoridades com a possibilidade de a medida de pressão sobre questões salariais afetar o desenvolvimento do evento desportivo sob as cinco argolas, o terceiro que acolhe esta capital após as edições de 1900 e 1924.
Segundo avaliações da RATP, a ligação não será muito frequente, por isso o fluxo de trens, metrôs, bondes e ônibus deverá ser “normal” durante o dia.
A empresa pública garante o transporte na Região de Paris, território composto por oito departamentos, incluindo a capital, e habitado por mais de 12 milhões de pessoas.
A CGT da RATP exigiu que a gestão voltasse à mesa de negociações para discutir o aumento salarial.
No mês passado a organização tinha rejeitado o aumento de 100 euros apresentado pela direção da entidade.
Apesar dos famosos 100 euros, os trabalhadores só verão o dinheiro depois do Natal e precisam dele agora, sublinhou a CGT no seu apelo à greve.
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