26 de April de 2024
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América Latina: nosso 11-S

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Havana, 10 set (Prensa Latina) O dia 11 de setembro do Chile, com o exemplo de Salvador Allende na memória, hoje ocupa menos espaço na grande imprensa internacional do que o das Torres Gêmeas de Nova York, apesar de ter marcado com fogo várias gerações latino-americanas.

Em vez disso, esses meios de comunicação destacam o ataque terrorista em Manhattan em 2001, que de fato causou espanto mundial e pelo menos três mil mortes, e minimizam o golpe de Augusto Pinochet no país sul-americano em 1973, com dezenas de milhares de vítimas e um regime repressivo que durou 17 anos.

Recordo, como se fosse hoje, os quase mil dias que cobriram para a Prensa Latina o rico processo chileno da época, seus avanços e retrocessos, as passeatas quase diárias, as greves de negócios e os primeiros atos terroristas que anunciavam a quartelada do 11 de setembro.

Entre os principais efeitos impostos pelas forças desestabilizadoras, lideradas pelos Estados Unidos, estão o transporte, o comércio, a alimentação e a eletricidade.

Na manhã do dia 11, os correspondentes da Prensa Latina, liderados pelo jornalista Jorge Timossi, ouviram as últimas palavras de Allende e testemunharam o atentado ao palácio de La Moneda, em meio a diversos tiroteios.

Recebemos e transmitimos relatos da repressão contra os pontos de resistência popular em Santiago e no interior e tomamos conhecimento de amigos e conhecidos detidos, assassinados e desaparecidos.

Após o corte das comunicações internacionais, sofremos um prolongado ataque e testemunhamos a fúria com que os militares destruíram o escritório vizinho da revista Punto Final. E, finalmente, o cerco e a perseguição militar dos golpistas à embaixada de Cuba.

Após 17 anos de ditadura militar e três décadas de governos civis essencialmente ligados ao esquema econômico neoliberal e à Constituição do regime de Pinochet, os chilenos assumiram o desafio de realizar mudanças profundas.

Nos massivos protestos populares de 2019, que o atual governo reprimiu com força, os manifestantes ergueram o rosto de Allende ao lado da bandeira chilena.

Posteriormente, vieram as mobilizações que culminaram no triunfo plebiscitário pela substituição da antiga Magna Carta por uma Assembleia Constituinte, conquistas importantes alcançadas com dificuldade, passo a passo, e com a grande imprensa em contra.

Em novembro próximo se realizarão eleições gerais definitivas que, apesar das manobras das forças conservadoras do país, servirão para esclarecer o futuro político chileno, em um contexto regional de crescente presença de governos progressistas.

Neste 48ú aniversário do 11 de setembro chileno e latino-americano – e no vigésimo aniversário do colapso das Torres Gêmeas – a validade do exemplo de Allende cresce ainda mais, apesar da divulgação insuficiente.

vc / jl / hb

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