A empresa entrou com uma ação judicial contra cinco pessoas que ocupavam cargos de alta gerência na TEPCO — a operadora da usina danificada — no momento do acidente, desencadeado por um forte terremoto e subsequente tsunami em março de 2011.
De acordo com a rede de mídia japonesa NHK, os autores alegaram que o acidente foi devido às medidas de segurança inadequadas da usina e exigiram da TEPCO uma indenização de mais de 23 trilhões de ienes, o equivalente a aproximadamente US$ 160 bilhões.
O tribunal buscou cobrir as despesas da empresa após indenizar os moradores locais que tiveram que evacuar, bem como o custo do desmantelamento da usina e da realização dos trabalhos de descontaminação.
Em 2022, o Tribunal Distrital de Tóquio ordenou que quatro dos réus pagassem à concessionária um total de 13,3 trilhões de ienes, o equivalente a aproximadamente US$ 92 bilhões, a maior indenização imposta por um tribunal na história japonesa.
Ambas as partes recorreram da decisão, e o Tribunal Superior declarou na sexta-feira que a operadora não pode ser responsabilizada legalmente por tomar medidas contra o tsunami. Assim, anulou a decisão do tribunal inferior.
Diversos especialistas acreditam que os reatores um, dois e três de Fukushima Daiichi contêm atualmente aproximadamente 880 toneladas de detritos, definidos neste caso como uma mistura de combustível nuclear derretido e material da estrutura do reator.
Os níveis de radiação no local são extremamente altos, o que dificultará a remoção dos detritos da usina, cuja tragédia é considerada um dos piores acidentes nucleares da história.
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