O bloqueio tem prejudicado cada vez mais a capacidade das organizações humanitárias de cumprir sua missão em um momento em que dezenas de milhares de pessoas precisam de tratamento médico ou serviços essenciais, disse ele.
“A vida cotidiana em Gaza se tornou uma missão de sobrevivência sem fim”, lamentou.
Zimmerman observou que muitas famílias foram devastadas pela morte de membros da família e estão em constante deslocamento, privadas do acesso a necessidades básicas como alimentos, água potável, cuidados médicos e abrigo.
Não há qualquer senso de segurança ou esperança em Gaza porque “os civis sofrem inúmeras humilhações diariamente”, denunciou.
Ele revelou que as equipes da Cruz Vermelha testemunharam a morte de muitas pessoas nos últimos meses, o que, segundo ele, demonstrou o alto preço pago pelos civis no território, que abriga mais de dois milhões de palestinos.
As repetidas ordens de evacuação forçaram muitos a fazer as malas e se mudar várias vezes, muitas vezes no escuro, em meio ao pânico e ao medo, enfatizou.
“A disponibilidade reduzida e o aumento dos preços dos produtos básicos desde o início de março, juntamente com o grave impacto psicológico da retomada das hostilidades, causaram um golpe devastador na população civil de Gaza”, insistiu.
Diante dessa situação, ele renovou seu apelo por um cessar-fogo urgente na região para permitir que a crise humanitária seja aliviada.
Israel, como potência ocupante, tem a obrigação de garantir as necessidades básicas da população civil, alertou.
Com relação a isso, ele disse que os suprimentos de alimentos em Gaza estão diminuindo a cada dia, assim como outros produtos vitais, como medicamentos.
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