Espanha: mais ofensiva diplomática para conter pressão migratória
Espanha: mais ofensiva diplomática para conter pressão migratória
Espanha: mais ofensiva diplomática para conter pressão migratória

Esta estratégia reproduz a utilizada durante a crise migratória de 2006 nas Ilhas Canárias, quando a Espanha assinou tratados de colaboração com nações como a Mauritânia ou o Senegal para conter o fluxo de imigrantes ilegais.
Precisamente, os números desta onda começam a recordar os dessa crise (conhecida como dos cayucos), quando mais de 30 mil pessoas chegaram ao arquipélago.
Até agora, em 2020, mais de 17 mil imigrantes foram resgatados ou chegaram por meios próprios às Ilhas Canárias depois de enfrentarem as águas do Atlântico na perigosa viagem da costa africana, número mais de 10 vezes superior ao total registrado para o ano passado.
González Laya viaja para Dakar, a capital senegalesa, um dia depois de se encontrar em Genebra com o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, e com o alto comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.
«Pedi-vos que nos ajudem a gerir as chegadas às Canárias de forma humana e digna, a respeitar os nossos compromissos em matéria de refúgio e asilo, mas também a repatriar as pessoas que se encontram em situação irregular», sublinhou no final de suas reuniões.
Para o chefe da diplomacia espanhola, é fundamental que o Pacto Europeu de Migração e Asilo, atualmente em negociação, consagre o princípio da solidariedade e da responsabilidade partilhada entre todos os Estados-Membros da União Europeia (UE).
Com o mesmo propósito do chanceler, o seu homólogo do Interior, Fernando Grande-Marlaska, foi na véspera no Marrocos, o ponto de partida da maioria das precárias embarcações que transportam milhares de imigrantes indocumentados para o chamado velho continente.
Segundo Grande-Marlaska, a Espanha defende na UE 'a necessidade de dar prioridade à dimensão externa na política comum de migração e de reforçar a cooperação com os países de origem e de trânsito'.
Essas viagens são adicionais às feitas recentemente por ambos os titulares para outras nações importantes no fluxo migratório, como a Mauritânia, Tunísia, Argélia, Chade ou Níger.
ga / edu/bj
Temas Relacionados:
Espanha: mais ofensiva diplomática para conter pressão migratória
Madri, 21 nov (Prensa Latina) A ministra das Relações Exteriores da Espanha, Arancha González Laya, viaja hoje ao Senegal no marco de uma ofensiva diplomática com a África Ocidental que visa impedir a chegada incessante de migrantes a este país europeu.
Oprimido pela explosão de chegadas de imigrantes sem documentos às Ilhas Canárias, o Governo espanhol reforçou a sua resposta à pressão migratória que este arquipélago do Oceano Atlântico tem suportado durante semanas. O objetivo de Madri é fortalecer o controle das saídas dos países de origem e reativar as repatriações interrompidas pela pandemia Covid-19.
Esta estratégia reproduz a utilizada durante a crise migratória de 2006 nas Ilhas Canárias, quando a Espanha assinou tratados de colaboração com nações como a Mauritânia ou o Senegal para conter o fluxo de imigrantes ilegais.
Precisamente, os números desta onda começam a recordar os dessa crise (conhecida como dos cayucos), quando mais de 30 mil pessoas chegaram ao arquipélago.
Até agora, em 2020, mais de 17 mil imigrantes foram resgatados ou chegaram por meios próprios às Ilhas Canárias depois de enfrentarem as águas do Atlântico na perigosa viagem da costa africana, número mais de 10 vezes superior ao total registrado para o ano passado.
González Laya viaja para Dakar, a capital senegalesa, um dia depois de se encontrar em Genebra com o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, e com o alto comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.
«Pedi-vos que nos ajudem a gerir as chegadas às Canárias de forma humana e digna, a respeitar os nossos compromissos em matéria de refúgio e asilo, mas também a repatriar as pessoas que se encontram em situação irregular», sublinhou no final de suas reuniões.
Para o chefe da diplomacia espanhola, é fundamental que o Pacto Europeu de Migração e Asilo, atualmente em negociação, consagre o princípio da solidariedade e da responsabilidade partilhada entre todos os Estados-Membros da União Europeia (UE).
Com o mesmo propósito do chanceler, o seu homólogo do Interior, Fernando Grande-Marlaska, foi na véspera no Marrocos, o ponto de partida da maioria das precárias embarcações que transportam milhares de imigrantes indocumentados para o chamado velho continente.
Segundo Grande-Marlaska, a Espanha defende na UE 'a necessidade de dar prioridade à dimensão externa na política comum de migração e de reforçar a cooperação com os países de origem e de trânsito'.
Essas viagens são adicionais às feitas recentemente por ambos os titulares para outras nações importantes no fluxo migratório, como a Mauritânia, Tunísia, Argélia, Chade ou Níger.
ga / edu/bj
Minuto a minuto | Mais lidas |