Movimento negro em Brasil protesto contra massacre no baile funk
Movimento negro em Brasil protesto contra massacre no baile funk
Movimento negro em Brasil protesto contra massacre no baile funk
4 de diciembre de 2019, 12:26Brasília, 4 dez (Prensa Latina) O movimento negro no Brasil realizará hoje uma manifestação em São Paulo para lembrar às nove mortes no baile funk e denunciar a política de segurança do governador deste estado, João Dória.
Citado pelo portal Rede Brasil Atual, o educador Douglas Belchior, fundador da Uniafro, uma das organizações da Coalizão Negra pelos Direitos, afirmou que é hora de mobilizar à sociedade civil organizada e demonstrar seu desacordo 'com uma política de segurança pública que mata pessoas'.
Disse que 'não temos direito a permanecer em silêncio diante deste massacre. Nos disse Martin Luther King: O que me preocupa não é nem os gritos dos maus, mas sim o silêncio dos bons'.
Para Belchior, a ação policial no baile funk teve 'refinamentos da crueldade' e, à medida que surgem novas informações, 'o quadro que se pinta é ainda pior'.
Neste domingo nove pessoas (todas jovens) morreram esmagadas e sete ficaram feridas durante uma perseguição policial seguida de trocas de tiros num baile funk em Paraisópolis, zona sul de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, uns agentes seguiam dois sujeitos que transitavam numa moto naquele local, quando os mesmos dispararam contra os guardas e entraram no baile, no que possivelmente tinha mais de cinco mil pessoas.
O órgão policial disse que as equipes da Força Tarefa, quando chegaram a apoiar a ação em Paraisópolis, foram recebidos com pedras e garrafas.
A polícia revidou com munições químicas para sua dispersão.
Durante a confusão, em sua maioria jovens, foram pisoteados e levados à Sala de Emergência de Campo Limpo.
Além da política de segurança baseada na criminalização, perseguição e tortura, que tem como objetivo principal à juventude negra da periferia, o massacre ocorrido em Paraisópolis também se deve à falta de investimentos estatais em educação pública, cultura e políticas de lazer nos bairros periféricos, denunciou o acadêmico.
Além dos 'sinais explícitos de fascismo' nas declarações de figuras públicas como o governador de São Paulo, João Dória -que reconheceu que a polícia dispararia para matar se houvesse resistência- e o presidente Jair Bolsonaro, conhecido por seu discurso em defesa das armas, Belchior refere que o massacre de Paraisópolis também tem uma distorção para a criminalização do funk.
'O nome de tudo isto, devemos dizer, é racismo', disse. O ato público 'Massacre de Paraisópolis: não foi um acidente, foi genocídio' será realizado nesta quarta-feira às 17:00 em São Paulo em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública.
mgt/ocs/bm
Disse que 'não temos direito a permanecer em silêncio diante deste massacre. Nos disse Martin Luther King: O que me preocupa não é nem os gritos dos maus, mas sim o silêncio dos bons'.
Para Belchior, a ação policial no baile funk teve 'refinamentos da crueldade' e, à medida que surgem novas informações, 'o quadro que se pinta é ainda pior'.
Neste domingo nove pessoas (todas jovens) morreram esmagadas e sete ficaram feridas durante uma perseguição policial seguida de trocas de tiros num baile funk em Paraisópolis, zona sul de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, uns agentes seguiam dois sujeitos que transitavam numa moto naquele local, quando os mesmos dispararam contra os guardas e entraram no baile, no que possivelmente tinha mais de cinco mil pessoas.
O órgão policial disse que as equipes da Força Tarefa, quando chegaram a apoiar a ação em Paraisópolis, foram recebidos com pedras e garrafas.
A polícia revidou com munições químicas para sua dispersão.
Durante a confusão, em sua maioria jovens, foram pisoteados e levados à Sala de Emergência de Campo Limpo.
Além da política de segurança baseada na criminalização, perseguição e tortura, que tem como objetivo principal à juventude negra da periferia, o massacre ocorrido em Paraisópolis também se deve à falta de investimentos estatais em educação pública, cultura e políticas de lazer nos bairros periféricos, denunciou o acadêmico.
Além dos 'sinais explícitos de fascismo' nas declarações de figuras públicas como o governador de São Paulo, João Dória -que reconheceu que a polícia dispararia para matar se houvesse resistência- e o presidente Jair Bolsonaro, conhecido por seu discurso em defesa das armas, Belchior refere que o massacre de Paraisópolis também tem uma distorção para a criminalização do funk.
'O nome de tudo isto, devemos dizer, é racismo', disse. O ato público 'Massacre de Paraisópolis: não foi um acidente, foi genocídio' será realizado nesta quarta-feira às 17:00 em São Paulo em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública.
mgt/ocs/bm
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Citado pelo portal Rede Brasil Atual, o educador Douglas Belchior, fundador da Uniafro, uma das organizações da Coalizão Negra pelos Direitos, afirmou que é hora de mobilizar à sociedade civil organizada e demonstrar seu desacordo 'com uma política de segurança pública que mata pessoas'.
Disse que 'não temos direito a permanecer em silêncio diante deste massacre. Nos disse Martin Luther King: O que me preocupa não é nem os gritos dos maus, mas sim o silêncio dos bons'.
Para Belchior, a ação policial no baile funk teve 'refinamentos da crueldade' e, à medida que surgem novas informações, 'o quadro que se pinta é ainda pior'.
Neste domingo nove pessoas (todas jovens) morreram esmagadas e sete ficaram feridas durante uma perseguição policial seguida de trocas de tiros num baile funk em Paraisópolis, zona sul de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, uns agentes seguiam dois sujeitos que transitavam numa moto naquele local, quando os mesmos dispararam contra os guardas e entraram no baile, no que possivelmente tinha mais de cinco mil pessoas.
O órgão policial disse que as equipes da Força Tarefa, quando chegaram a apoiar a ação em Paraisópolis, foram recebidos com pedras e garrafas.
A polícia revidou com munições químicas para sua dispersão.
Durante a confusão, em sua maioria jovens, foram pisoteados e levados à Sala de Emergência de Campo Limpo.
Além da política de segurança baseada na criminalização, perseguição e tortura, que tem como objetivo principal à juventude negra da periferia, o massacre ocorrido em Paraisópolis também se deve à falta de investimentos estatais em educação pública, cultura e políticas de lazer nos bairros periféricos, denunciou o acadêmico.
Além dos 'sinais explícitos de fascismo' nas declarações de figuras públicas como o governador de São Paulo, João Dória -que reconheceu que a polícia dispararia para matar se houvesse resistência- e o presidente Jair Bolsonaro, conhecido por seu discurso em defesa das armas, Belchior refere que o massacre de Paraisópolis também tem uma distorção para a criminalização do funk.
'O nome de tudo isto, devemos dizer, é racismo', disse. O ato público 'Massacre de Paraisópolis: não foi um acidente, foi genocídio' será realizado nesta quarta-feira às 17:00 em São Paulo em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública.
mgt/ocs/bm
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