O diálogo pareceu breve para alguns analistas políticos e meios de comunicação que foram rápidos em alertar sobre sua curta duração, de apenas uma hora e 50 minutos, levando em conta as grandes lacunas nas questões a serem tratadas entre as partes.

Em entrevista coletiva após o encontro com Blinken, Lavrov destacou que a experiência da Rússia em lidar com países ocidentais está repleta de exemplos de fracasso em cumprir suas promessas sobre a segurança europeia.

“Nisso, é claro, nossos colegas estadunidenses, outros europeus ocidentais, membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), não são muito bons”, disse ele.

Em resposta a outra pergunta dos jornalistas, o ministro russo destacou que a situação na Ucrânia requer atenção especial, mas alertou que todo o problema da segurança europeia não pode ser reduzido a essa questão e garantiu que Moscou nunca ameaçou o povo daquele país.

De acordo com o chefe da diplomacia russa, o secretário de Estado dos EUA disse estar satisfeito com a troca de pontos de vista que tiveram durante a reunião, o que os ajudará a fornecer uma resposta por escrito na próxima semana.

Em 18 de janeiro, ambos os funcionários falaram por telefone sobre o assunto por iniciativa da Casa Branca e concordaram em realizar esta reunião.

Durante esse diálogo, Lavrov reiterou o caráter imperativo de que Washington ofereça respostas concretas “por escrito” e “ponto a ponto” o mais rápido possível aos rascunhos entregues por Moscou com os compromissos de segurança.

Sublinhou que tais garantias assentam no princípio da indivisibilidade da segurança, aprovado por todos os países euro-atlânticos, membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Além disso, ele pediu a Blinken que não respondesse a especulações sobre uma suposta “agressão russa” iminente contra a Ucrânia e pediu que ele exigisse que Kiev aplicasse os acordos de Minsk.

Os representantes de Moscou e Washington trocaram os resultados do diálogo entre as delegações dos dois países em 10 de janeiro, em Genebra; e a reunião do Conselho Rússia-OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 12 de janeiro, em Bruxelas.

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