O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que as recentes medidas de controle de exportação de terras raras adotadas pelo gigante asiático são aplicadas de acordo com a lei e buscam “manter a paz e a estabilidade regional e global, bem como cumprir as obrigações internacionais de não proliferação”.
Lin enfatizou que a posição da China sobre o assunto “tem sido clara e consistente” e criticou o fato de que “os Estados Unidos, embora afirmem querer dialogar, ameaçam com altas tarifas e novas restrições”, o que, segundo ele, não é a maneira correta de lidar com Beijing.
“Instamos o lado americano a corrigir seus erros o mais rápido possível e a resolver os problemas por meio de consultas baseadas na igualdade, no respeito e na reciprocidade”, disse o porta-voz à imprensa.
Questionado sobre se governos estrangeiros haviam solicitado esclarecimentos sobre as novas regulamentações de exportação, Lin sugeriu entrar em contato com as autoridades chinesas competentes.
O funcionário também rejeitou as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a suposta suspensão das compras chinesas de soja americana e sua ameaça de interromper as importações de óleo comestível do gigante asiático.
Lin afirmou que “a posição da China em questões econômicas e comerciais com os Estados Unidos sempre foi clara: a guerra comercial e tarifária não tem vencedores e não atende aos interesses de nenhuma das partes”.
Sobre as restrições ao uso do espaço aéreo russo por companhias aéreas chinesas que operam voos de ou para os Estados Unidos, Lin lembrou que Beijing já respondeu ao assunto e que o assunto deve ser discutido com as autoridades competentes.
“Impor limites às operações de companhias aéreas chinesas prejudica as trocas entre os povos de ambos os países e afeta os próprios interesses dos EUA”, observou.
Lin acrescentou que o público americano expressou inúmeras objeções a essa medida e reiterou o apoio da China às suas empresas na defesa de seus direitos legítimos.
Após uma trégua comercial entre as duas principais potências econômicas do mundo, as tensões bilaterais aumentaram nos últimos dias.
Beijing insiste que o respeito mútuo e o diálogo são o caminho apropriado para evitar uma escalada ainda maior.
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