Domingo, Outubro 12, 2025
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Comissão da União Africana preocupada com a situação em Madagascar

Adis Abeba, 12 de outubro (Prensa Latina) O presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, manifestou hoje “profunda preocupação” com os recentes acontecimentos políticos e de segurança em Madagascar, marcados por movimentos no Exército e manifestações populares em Antananarivo.

Por meio de um comunicado, ele exortou todas as partes, tanto civis quanto militares, a manter a calma e a moderação, e a priorizar soluções pacíficas e consensuais para a situação atual.

Ele também exortou o pleno respeito aos direitos e liberdades fundamentais de todos os cidadãos e comemorou o renovado compromisso do governo com o diálogo.

Youssouf lembrou na mensagem os princípios consagrados na Declaração de Lomé de 2000 e na Carta Africana da Democracia, Eleições e Governação, pelo que apelou a todas as partes malgaxes para que demonstrassem responsabilidade e patriotismo.

Convocou ainda a trabalhar pela preservação da unidade, da estabilidade e da paz no país, respeitando plenamente a Constituição e os quadros institucionais estabelecidos.

Reafirmou a solidariedade da União Africana com o povo e o Governo de Madagáscar neste momento e expressou a disponibilidade da organização continental para apoiar os esforços nacionais e regionais tendentes a um rápido regresso à normalidade institucional.

Madagáscar vive uma onda de protestos desde 25 de setembro, que levaram até à dissolução do Governo e à nomeação de um novo primeiro-ministro.

Cerca de vinte pessoas perderam a vida nestas ações e centenas ficaram feridas ou foram detidas, em meio a distúrbios, saques e atos de violência perpetrados por grupos alheios às marchas.

Na véspera, soldados se juntaram aos manifestantes que marchavam contra o presidente Andriy Rajoelina e exortaram seus companheiros a desobedecer seus comandantes, de acordo com a Africa News.

Em um comunicado, a presidência de Madagascar denunciou o que classificou como tentativa de golpe de Estado e chamou os militares a defender a Constituição.

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