Em resposta a uma pergunta da Prensa Latina, o Ministério das Relações Exteriores do gigante asiático expressou sua oposição ao enfraquecimento da paz e da estabilidade na América Latina e no Caribe.
“Os Estados Unidos devem cessar imediatamente as ações correspondentes e evitar que a situação se agrave ainda mais”, indicou o gabinete do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Nos últimos dias, a porta-voz Mao Ning expressou sua oposição a qualquer ato que atente contra a soberania e a segurança dos países, em relação ao envio de navios norte-americanos ao mar do Caribe, perto da Venezuela.
Em uma mensagem semelhante à divulgada hoje, a porta-voz instou Washington a fazer mais pelo bem da América Latina e do Caribe.
O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, classificou ontem como uma ameaça séria o envio de forças militares dos Estados Unidos contra a Venezuela e convocou uma melhor e maior articulação das forças militares e populares.
Em declarações à televisão a partir do estado de La Guaira (norte), como parte da Operação Independência 200, o alto comando militar sublinhou que sua intenção não é gerar alarmes, mas estar preparado para qualquer contingência que possa surgir.
Ele ressaltou que se trata de “uma situação de ameaça séria, não é uma ação propagandística que estão fazendo com um desdobramento multimilionário no mar do Caribe”, onde apostaram navios, aeronaves e drones, não apenas na área norte, mas também no sul.
Padrino enfatizou que se trata de uma “atitude seriamente ameaçadora contra a Venezuela”.
A Venezuela destacou a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) em suas costas, como parte do Plano Independência 200, que o presidente Nicolás Maduro ativou para garantir a defesa do país.
Diante da ameaça de uma intervenção militar pelos Estados Unidos, a FANB mantém 284 frentes de ação em todo o litoral central, de Carayaca a Higuerote, para garantir a proteção integral da nação. A crescente ameaça militar de Washington no Mar do Caribe ocorre sob o pretexto de combate ao narcotráfico.
Numerosos especialistas alertam, no entanto, que a presença de efetivos norte-americanos em águas caribenhas responde a um plano para promover uma mudança política na Venezuela.
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