Ao intervir em Bruxelas, Bélgica, na segunda edição do Fórum Global Gateway, destacou que, 25 anos após a parceria estratégica entre os dois blocos, cabe agir em conjunto para melhorar os modelos de cooperação e consolidar mecanismos de solidariedade.
“A parceria entre a UA e a UE no âmbito do Global Gateway tem um enorme potencial e representa, em nossa opinião, um instrumento fundamental para transformar oportunidades em resultados concretos”, afirmou o presidente, que se referiu à necessidade de avançar na industrialização africana.
Ele acrescentou que os países da região estão comprometidos com essa meta por meio do desenvolvimento de capacidades que impulsionem a transformação local dos recursos, o que permitirá criar empregos para os jovens, incorporar conteúdo tecnológico aos produtos e mitigar os fluxos migratórios para a Europa.
“Estamos plenamente conscientes da importância de valorizar as matérias-primas africanas, tornando-as mais competitivas nos mercados internacionais”, comentou, referindo-se às ações no âmbito da Área de Livre Comércio Continental Africana e à construção de infraestruturas para o desenvolvimento.
A este respeito, convidou todos os participantes do Fórum para a Cúpula sobre Financiamento para o Desenvolvimento de Infraestrutura na África, que será realizada em Luanda no final de outubro, e disse que será mutuamente benéfico se eles se unirem aos africanos para tornar realidade a implementação desses projetos.
Ele mencionou que, durante a conferência, será apresentado um amplo painel de prioridades de investimento para o continente, incluindo a construção de portos, ferrovias, rodovias, aeroportos, barragens hidrelétricas, parques fotovoltaicos e outras infraestruturas importantes.
Lourenço salientou que, entre todas as iniciativas de cooperação, o setor da saúde merece especial atenção e sublinhou a urgência da produção local de vacinas e medicamentos em África, que está prevista nos programas que unem a UE e a Global Gateway através da Iniciativa Equipe Europa.
Ele também se referiu à importância da formação técnica dos jovens africanos em seus próprios países, com o apoio de programas apoiados pelo bloco europeu.
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