Quarta-feira, Outubro 08, 2025
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Oposição alemã critica envio de voluntários à Ucrânia

Berlim, 8 out (Prensa Latina) A copresidente do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), Alice Weidel, propôs hoje ao chanceler federal, Friedrich Merz, e ao ministro da Defesa, Boris Pistorius, que se alistassem nas forças ucranianas se desejassem a guerra.

Weidel afirmou no Bundestag (parlamento) que aqueles que promovem o conflito devem se apresentar na linha de frente e garantiu que veria com bons olhos a incorporação de ambos os funcionários à linha de contato.

Ela ressaltou que, se Merz e Pistorius desejam participar do confronto ucraniano, devem demonstrar isso com seu exemplo pessoal, reiterando sua oposição a qualquer aventura militar.

A parlamentar se comprometeu a resistir à nova iniciativa de serviço voluntário do chanceler federal e considerou que essa medida levaria o país a uma intervenção direta no conflito.

Analistas veem na declaração uma rejeição à escalada belicista e indicam que ela reflete profundas divisões na sociedade alemã, destacando o crescimento da rejeição popular às políticas belicistas.

Weidel enfatizou que a juventude alemã não pode morrer pelos interesses de Kiev e que seu partido manterá uma posição crítica em relação ao envio de armas e assistência militar à Ucrânia.

A proposta de Merz visa estabelecer um serviço voluntário para apoiar a Ucrânia.

Essa iniciativa encontra fortes críticas em amplos setores políticos, enquanto o governo alemão insiste em seu compromisso com o regime de Kiev.

No entanto, a oposição parlamentar anuncia uma batalha legislativa contra esses planos.

No final de fevereiro de 2022, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia para, segundo o presidente Vladimir Putin, proteger a população de “um genocídio por parte do regime de Kiev” e conter os riscos à segurança nacional que representa o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte para o leste.

mem/amp/bm

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