O texto reafirma o compromisso do Estado Plurinacional com os princípios de respeito, inclusão, autodeterminação dos povos e não ingerência nos assuntos internos dos Estados.
“A Cúpula das Américas deve se tornar um espaço de encontro e diálogo político sem exclusões, visando promover a cooperação, a integração regional e o respeito à diversidade ideológica e política dos Estados que compõem nosso continente”, afirma o documento.
O comunicado considera que a exclusão de países por motivos políticos ou ideológicos contradiz os princípios fundamentais do multilateralismo, da igualdade soberana dos Estados e da unidade hemisférica, que inspiram a Carta das Nações Unidas.
“Nesse sentido, a Bolívia reitera seu compromisso com a integração latino-americana e caribenha, baseada no respeito mútuo, na soberania dos povos e no princípio da unidade na diversidade (…)”, acrescenta o texto.
O Ministério das Relações Exteriores indica que o caminho para uma América verdadeiramente justa e unida só será possível com a participação de todos os seus Estados, sem discriminação ou imposições externas.
Em 30 de setembro, o Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, condenou a decisão do governo da República Dominicana de excluir seu país, a Venezuela, e a Nicarágua da próxima Cúpula das Américas.
“Expressamos profunda preocupação e rejeição à decisão imposta pelo governo dos EUA à República Dominicana de excluir três países, incluindo Cuba, da 10ª Cúpula das Américas”, declarou o Ministro das Relações Exteriores na ocasião na plataforma de mídia social X.
Ele também comentou que “uma Cúpula das Américas construída sobre exclusão e coerção está fadada ao fracasso”.
A denúncia de Rodríguez ocorreu após uma declaração divulgada naquela terça-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, intitulada “A unidade e a defesa da Nossa América exigem uma cúpula hemisférica sem exclusões”.
A declaração afirmava que a decisão das autoridades dominicanas em relação à cúpula de 4 e 5 de dezembro em Punta Cana “constitui uma evidente rendição às brutais pressões unilaterais do Secretário de Estado dos EUA”.
O documento acrescentava que isso consolidaria o retrocesso histórico neste sistema de cúpulas e impossibilitaria um intercâmbio respeitoso e produtivo entre a América Latina e o Caribe com a potência imperialista que, mais uma vez, utiliza a política das canhoneiras e a Doutrina Monroe contra a nossa região.
kmg/jpm / fav