De acordo com o site da ONU, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e o Centro Nacional de Inteligência Artificial do Chile (Cenia) divulgaram a terceira edição deste instrumento pioneiro que mede sistematicamente o nível de preparação, adoção e governança da Inteligência Artificial (IA) em 19 países da região.
O relatório acrescenta que oito países adotantes — entre eles Colômbia, Equador, Costa Rica e República Dominicana — conseguem reduzir distâncias com os líderes graças a melhorias na conectividade, talento e estratégias nacionais.
No entanto, mais de um terço das nações avaliadas permanecem na categoria de exploradores, com ecossistemas incipientes e capacidades limitadas, refletindo as marcantes desigualdades intrarregionais.
O estudo classifica os países em três categorias de maturidade: pioneiros, adotantes e exploradores.
O Índice também revela que a América Latina e o Caribe apresentam uma adoção dessa tecnologia que supera seu peso digital global, mas enfrentam desafios críticos em termos de talento, investimento e governança que ameaçam sua competitividade futura.
Em resumo, a falta de talentos, recursos financeiros e legislação prejudicam o desenvolvimento da IA na região.
Uma das principais preocupações do relatório é a fuga acelerada de especialistas e a formação avançada insuficiente neste campo, o que ampliou a lacuna de talentos em relação à média mundial desde 2022.
Em termos de investimento, os números são eloquentes: embora a região represente 6,6% do PIB global, recebe apenas 1,12% do investimento mundial em IA.
Segundo o relatório alerta que essa subinvestimento restringe severamente as possibilidades de ampliar iniciativas produtivas, tecnológicas e inovadoras.
Quanto às oportunidades de adoção, apesar dos desafios, a região mostra um dinamismo significativo, pois a América Latina e o Caribe concentram 14% das visitas globais a soluções de IA, contra 11% de sua participação em usuários de internet, indicando uma adoção acima do esperado, afirma o relatório. O site da ONU precisa que a América Latina acelera em IA mais do que o esperado, mas enfrenta deficiências críticas.
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