Isso é consequência, acrescentou, da execução constante do Plano Nacional de Ação Energética iniciado em 2022.
A empresa estatal enfrentava, naquele momento, perdas de aproximadamente 730 milhões de dólares e uma dívida que ultrapassava os 17,8 bilhões, com alertas sobre sua viabilidade operacional, lembrou o presidente.
Desde então, e com a liderança conjunta do Comitê Nacional para a Crise Elétrica (NECOM) e o esforço dedicado de seu pessoal, a Eskom melhorou significativamente seu desempenho operacional.
Essa evolução, antecipou Ramaphosa, permitirá à Eskom realizar investimentos milionários em infraestrutura crítica e manutenção dentro de seu Plano de Recuperação de Geração, que prevê a ampliação da rede com um investimento superior a US$ 19 bilhões nos próximos anos.
Além disso, a eficiência das usinas a carvão aumentou, reduzindo o uso de diesel e gerando uma economia estimada em US$ 950 milhões em custos de combustível. Como resultado, no ano fiscal de 2025, o país sofreu cortes de energia por apenas 13 dias, uma melhora considerável em relação aos 329 dias de 2024.
No entanto, persistem desafios importantes, especialmente o crescimento de 27% na dívida municipal atrasada, um obstáculo que é enfrentado com estreita cooperação entre o governo e os municípios para buscar soluções viáveis e garantir a estabilidade financeira da Eskom.
Paralelamente, a África do Sul avança em outros pilares do Plano Energético, incluindo a aceleração da incorporação de nova capacidade, o fomento do investimento privado e reformas estruturais para modernizar o setor elétrico, acrescentou o presidente.
Além disso, continuou ele, a entrada em vigor em janeiro da Lei de Alteração da Regulamentação Elétrica abre o caminho para um mercado mais competitivo, possibilitando a segregação da Eskom em unidades de geração, transmissão e distribuição, bem como a participação do setor privado.
A expansão da rede é fundamental para esses planos, com projetos para construir cerca de 14 mil quilômetros de novas linhas de transmissão durante a próxima década, desenvolvidos em conjunto com o setor privado.
O modelo colaborativo que integra a NECOM e a Associação Governo-Empresa comemora dois anos com avanços notáveis não apenas em energia, mas também em transporte, combate ao crime e emprego juvenil, resumiu Ramaphosa.
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