A informação foi divulgada pela Área de Emprego, Distribuição e Instituições Trabalhistas (EDIL) do Instituto Interdisciplinar de Economia Política (IIEP) da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires, que destacou que este é o pior índice desde a crise de 2001.
A queda do salário mínimo em agosto foi de 0,5% em termos reais, acumulando uma contração de 32% durante o governo do presidente Javier Milei e uma perda de valor de 62% em relação ao máximo histórico registrado em setembro de 2011, de acordo com as estatísticas analisadas pela EDIL.
A instituição alerta que a queda do poder aquisitivo começou em dezembro de 2023, quando o salário mínimo real foi reduzido em 15% devido ao efeito da inflação após a desvalorização. Em janeiro de 2024, a queda foi ainda mais forte, atingindo 17 pontos percentuais.
No acumulado do ano, o recuo chega a 3,7%, enquanto o desemprego continua aumentando, complicando a renda das famílias argentinas.
O relatório da EDIL alerta que, em junho — último dado disponível —, foram perdidos 12.200 postos de trabalho no setor formal privado, enquanto o setor público somou outros 7.800 novos empregos.
Considerando o conjunto da ocupação formal — pública, privada e doméstica —, a perda líquida foi de 4.100 postos em junho.
O jornal Ámbito Financiero indica que, no total, 10 milhões 111 mil pessoas estavam registradas como assalariadas na previdência social, de acordo com dados do Sistema Integrado Previsional Argentino.
Por outro lado, a delegação do Centro de Economia Política da Argentina em Salta informou que essa província do norte perdeu em 19 meses de Milei mais de 5.500 empregos registrados, o que representa uma queda de 4,3% no emprego privado formal desde dezembro de 2023.
O recuo triplica, indica, a destruição de postos de trabalho durante todo o governo do Cambiemos.
O documento, elaborado com base em dados do Sistema Integrado Previsional Argentino (SIPA), mostra que somente em junho de 2025 foram perdidos 948 empregos formais, o que representou uma queda mensal de 0,8% somente em Salta.
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