De acordo com a Agência Anadolu, a aeronave, que partiu do Aeroporto Ramon, em Eilat, no sul de Israel, transportou 36 cidadãos turcos e 137 ativistas de 12 países, incluindo 23 cidadãos malaios.
Os passageiros foram recebidos por autoridades do governo turco, representantes de organizações da sociedade civil e uma multidão de cidadãos que expressaram sua solidariedade à causa palestina e aos membros da flotilha, detidos enquanto tentavam romper o bloqueio israelense de 18 anos à Faixa de Gaza.
Entre os países representados no grupo ativista estão Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Marrocos, Líbia, Kuwait, Itália, Malásia, Mauritânia, Suíça, Tunísia e Jordânia.
Na última quarta-feira, forças israelenses interceptaram e capturaram 42 embarcações da Flotilha em águas internacionais do Mediterrâneo. Centenas de ativistas estavam a bordo, buscando chegar a Gaza em uma missão humanitária e simbólica com o objetivo de denunciar o cerco marítimo, aéreo e terrestre imposto por Tel Aviv ao enclave palestino.
Os organizadores do comboio marítimo denunciaram que os barcos foram atacados sem aviso prévio e que a intervenção militar israelense constitui um crime de guerra, pois ocorreu fora das águas territoriais israelenses.
Desde o início da guerra israelense em Gaza, em 7 de outubro de 2023, a situação humanitária se deteriorou drasticamente.
De acordo com dados oficiais palestinos, o número de mortos subiu para 67.074 e mais de 169.000 feridos, a maioria mulheres e crianças. Soma-se a isso uma grave crise alimentar que causou a morte de pelo menos 459 pessoas, incluindo 154 menores, por inanição.
A Turquia reiterou sua rejeição às ações israelenses e instou a comunidade internacional a intervir imediatamente para garantir a proteção dos civis em Gaza e o respeito ao direito internacional humanitário.
rc/fm/bj