Quarta-feira, Outubro 01, 2025
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Ex-ministro de El Salvador reitera inocência

San Salvador, 1º de outubro (Prensa Latina) Mantenho minha inocência; isso faz parte de uma perseguição política, declarou hoje o ex-ministro Benito Lara, após receber uma pena de 28 anos de prisão.

O ex-funcionário foi condenado no dia anterior, apesar do pedido da defesa para que as supostas provas fornecidas por um membro de gangue protegido pelo governo fossem rejeitadas pela acusação.

Lara, ex-ministro da Segurança e Justiça durante o governo da Frente Farabundo Martí (FMLN), foi condenado por negociar com gangues, entre outras acusações, antes das eleições de 2014 e 2015.

O ex-deputado também afirmou que recorrerá da sentença porque não está satisfeito com a pena de 28 anos de prisão imposta pelo Tribunal de Primeira Instância de San Salvador por negociar com gangues. Portanto, ele apresentará seu recurso e espera provar sua inocência.

Ele declarou ser inocente dos crimes de associação ilícita e fraude eleitoral, dos quais a Procuradoria-Geral da República (FGR) o acusou.

A FGR o acusou de supostamente negociar com as quadrilhas MS-13 e Barrio 18 para fornecer-lhes dinheiro e oferecer benefícios prisionais em troca de apoio ao partido FMLN nas eleições de 2014 e 2015.

Continuo afirmando que sou inocente; não cometemos os crimes dos quais nos acusam. Não concordamos, afirmou.

“Eu disse isso em fevereiro de 2020. Será a palavra de um criminoso que foi perdoado por não sei quantos crimes, contra a palavra de uma pessoa que tentou fazer o melhor como funcionário público”, enfatizou.

Isso, enfatizou, faz parte de uma perseguição política. É uma decisão que não está em conformidade com a lei, disse ele.

A decisão dos juízes de proferir a sentença baseou-se no depoimento de uma testemunha protegida, de codinome “Noé”, que alegou ter presenciado os encontros entre ex-oficiais e membros de gangues.

O tribunal considerou seu depoimento coerente e consistente com outras provas apresentadas durante o julgamento.

Membros do Comitê de Presos Políticos (Cofappes) denunciaram a sentença imposta a Lara e a consideraram um processo “arbitrário”, alegando que a decisão dos juízes se baseou exclusivamente no depoimento de uma testemunha protegida e não considerou as provas da defesa.

ro/lb/glmv

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