Ele afirmou nesta terça-feira que a Comissão Europeia (CE) está indo longe demais na flexibilização das regras de titularização para os bancos, em particular para as transações mais complexas e potencialmente mais arriscadas.
As securitizações, pelas quais um banco agrupa empréstimos a empresas ou famílias e os vende a investidores na forma de títulos, estiveram no centro da crise financeira mundial de 2007-2008. A Europa ainda não se recuperou totalmente desse colapso.
Em junho, a CE propôs racionalizar as regras que regem esse aspecto para tentar liberar capital para empréstimos e ajudar a Europa a competir financeiramente com os Estados Unidos.
Mas o BCE, que supervisiona os maiores bancos da zona do euro, afirma que algumas das mudanças propostas apresentam riscos.
Na sua opinião, não existe uma ligação intrínseca entre a titularização e a concessão de empréstimos adicionais.
Ele também disse que, embora o mercado desse tipo seja menor na Europa do que nos Estados Unidos, isso não refletia o rápido crescimento das titularizações sintéticas na UE.
Machado alertou contra a tentação de securitizações complexas e estruturas opacas, e disse que as novas regras deveriam apoiar transações mais simples, padronizadas e resistentes.
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