Sábado, Setembro 27, 2025
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Jovens peruanos protestam e pedem participação de outros setores

Lima, 27 de setembro (Prensa Latina) O movimento juvenil da Geração Z voltará a protestar hoje e amanhã na capital peruana e em outras cidades, segundo um chamado que também pede a participação de organizações sociais e outros setores.

Os manifestantes, assim como nos três protestos anteriores, se reunirão em pontos designados e marcharão com bandeiras e cartazes antigovernamentais até a Praça San Martín, no coração da cidade.

“Esta luta não é só dos jovens; é de todos e, por isso, pedimos a unidade e a força dos trabalhadores do transporte, comerciantes e trabalhadores do mercado, professores e universidades, setor da saúde, associações profissionais, engenheiros e outras frentes de luta”, afirma o documento.

O chamado pede a destituição da presidente Dina Boluarte, que declarou ontem em ato público que “não queremos mais conflitos sociais, não queremos desordem porque também não a permitiremos” e apelou ao diálogo.

A Geração Z também exige a reestruturação da Polícia Nacional e convocou ativistas e coletivos sociais, ex-membros das Forças Armadas, torcedores dos tradicionais clubes de futebol Alianza Lima, Universitario, Cristal, Sport Boys e outros, bem como “grupos auto-organizados de todos os cantos do país”.

O protesto exigirá a rejeição do sistema de previdência privada, da corrupção e da insegurança nas ruas, e se unirá sob o lema “O povo se levanta!”.

Por outro lado, as empresas de transporte urbano anunciaram que continuarão suas marchas após dois dias em que várias delas tentaram chegar ao Palácio Legislativo com seus ônibus para exigir segurança aos motoristas, diante dos constantes assassinatos cometidos por pistoleiros extorsionários.

Em um balanço das marchas do último fim de semana, a Coordenadora Nacional de Direitos Humanos relatou 85 casos de agressão policial, incluindo 20 pessoas feridas por projéteis de plástico e gás lacrimogêneo, e 11 prisões arbitrárias.

A Associação Nacional de Jornalistas (ANP) e a Associação de Imprensa Estrangeira relataram ferimentos e maus-tratos policiais contra seus membros e exigiram punição para os autores dos ataques do último fim de semana.

A ANP, por sua vez, convocou seus membros a fazer de 1º de outubro, Dia do Jornalista no Peru, um dia nacional de protesto em defesa da liberdade de imprensa.

Em um ano em que testemunhamos o lamentável número de dois jornalistas assassinados (por pistoleiros), mais de 180 ataques contra jornalistas até agora em 2025 e iniciativas legislativas que buscam silenciar o direito à livre expressão, os jornalistas estão levantando suas vozes, declarou a ANP.

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