De acordo com a reportagem, contratos e aditivos firmados entre junho de 2017 e março de 2023 permitiram um lucro de até 45%, em vez do limite de 10% estabelecido para acordos dessa natureza.
A irregularidade veio à tona um dia após a Controladoria confiscar cinco laptops pertencentes a funcionários próximos ao prefeito de Cataño, Julio Alicea Vasallo, que, por sua vez, negou que o acordo “tenha natureza contingente”.
“O contrato com a referida empresa não constitui um acordo de cobrança de dívidas nos termos da Lei 107-2020, mas sim um acordo para a prestação de serviços tecnológicos especializados, celebrado no âmbito da política pública municipal para promover a eficiência operacional, a modernização digital e a segurança viária”, afirmou.
A governadora de Porto Rico, Jenniffer González, aparentemente reagiu com indignação à intervenção da Controladora Yesmín Valdivieso na operação de terça-feira em Cataño, município dominado por seu Partido Novo Progressista (PNP).
A prefeitura, marcada pela corrupção, a ponto de seu ex-executivo, Félix Delgado Montalvo, cumprir pena de um ano de prisão, que terminou em 10 de junho, após um acordo com autoridades federais dos EUA que previa a restituição de parte do que foi roubado.
González afirmou que pretendia apresentar nos próximos dias a nomeação de uma pessoa para chefiar a Controladoria de Porto Rico, em substituição a Valdivieso, cujo mandato expirou há vários anos.
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